DE VOLTA À GLOBO
DIVULGAÇÃO/TV GLOBO
Ana Rosa contracena com Angelo Paes Leme em História de Amor, novela exibida pela Globo em 1995
Atualmente com 82 anos, a atriz Ana Rosa diz que interpretar Dalva em História de Amor (1995) foi bem marcante em sua carreira. A novela será reapresentada na faixa Edição Especial da Globo a partir de segunda-feira (10). No papel da sogra megera da mocinha Joyce (Carla Marins), a intérprete teve muitas cenas desafiadoras, justamente porque sua personagem tinha um ciúme doentio do filho, Caio (Angelo Paes Leme).
"Eu tive uma perda muito grande durante as gravações da novela e, nesse período, gravei algumas cenas em que a Dalva tinha de hostilizar muito a Joyce, que estava grávida. E, claro, passando por um momento difícil, como eu estava passando naquela época e gravando, foi difícil", conta a veterana.
Ela afirma que isso faz parte do profissionalismo dos atores. "Eu tinha de gravar e, em nenhum momento, o que eu senti interferiu nas gravações. O Roberto Naar, que estava dirigindo, foi muito compreensivo comigo, assim como todo o pessoal da produção", recorda-se.
Essa é uma das memórias que ela guarda do trabalho que completa 30 anos em 2025. Dalva era mulher de Urbano, interpretado por Sebastião Vasconcelos (1927-2013). Trabalhava na propriedade de Gregório, papel de Sérgio Viotti (1927-2009), que era casado com Silvana (Beatriz Lyra). Eles moravam em Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro.
Dalva já começava a história mostrando que era uma mulher cheia de ambição e capaz de tudo para defender o filho. "[Ela era] Muito ciumenta com o Caio e, por isso, ela hostilizava a namorada do filho, Joyce, e a mãe da namorada, a Helena [Regina Duarte]. Era uma mulher muito fechada, tacanha até, eu diria. E foi uma composição muito trabalhosa para fazer, justamente por causa desses detalhes", conta Ana.
A intérprete já havia feito outras mães em novelas, mas Dalva era diferente de todas. "Tinha essa característica de um ciúme quase que doentio de querer que o filho vencesse na vida, que fosse apadrinhado pela patroa dela, e de certa forma, ela passava por cima do marido, porque ele não tinha a mesma atitude dela em relação à educação do filho", comenta a atriz.
Apesar de a personagem ter uma construção que exigiu bastante, Ana afirma que foi uma delícia fazer a novela de Manoel Carlos. "O convívio com o elenco sempre foi muito bom. Beatriz Lyra, particularmente, que fazia a patroa da Dalva, é uma querida, amigona minha, a gente batia longos papos. E Sebastião Vasconcelos, que fazia meu marido, infelizmente não está mais aqui."
Ana tem projetos em fase de elaboração atualmente, mas não pode adiantar ainda o que está por vir. Ela tem se dedicado mais ao cinema e teatro.
"Inclusive, participei de um longa, Horizonte, e ganhamos prêmios, de melhor filme, eu ganhei como melhor atriz, o Raimundo de Souza ganhou como melhor ator, ganhou direção e vários prêmios. Agora, no começo desse ano, participei de um filme no Rio Grande do Sul, sobre uma personagem que nasceu lá, e é verídica a história dela, tem o livro publicado, Ana do Jacuí."
A reprise de História de Amor é uma homenagem ao autor Manoel Carlos, criador de mais de 15 novelas e de nove Helenas. Na trama, ele conta a trajetória de sua terceira Helena --a primeira vivida por Regina Duarte, que interpretou mais duas, em Por Amor (1997) e Páginas da Vida (2006).
Helena é uma mulher batalhadora, que enfrenta a gravidez prematura de sua filha Joyce (Carla Marins), abandonada pelo namorado Caio (Angelo Paes Leme). Pai da moça e ex-marido de Helena, Assunção (Nuno Leal Maia) é um homem conservador e moralista. Ele não se conforma com a situação da filha
A protagonista se apaixona pelo endocrinologista Carlos Alberto Moretti (José Mayer), que é casado com a possessiva Paula (Carolina Ferraz) e teve um relacionamento de dez anos com Sheila (Lilia Cabral). Ela investe, a qualquer custo, em uma reaproximação. Esse quadrilátero está no centro da história.
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