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Walter Salles revela que improvisou após perder papel com discurso do Oscar

REPRODUÇÃO/TNT

Walter Salles no palco do Oscar 2025

Walter Salles no palco do Oscar 2025: diretor de Ainda Estou Aqui (2024) perdeu seu discurso

VICTOR CIERRO VIEIRA

victor@noticiasdatv.com

Publicado em 3/3/2025 - 23h07

Walter Salles fez história ao vencer o primeiro Oscar do Brasil. Ainda Estou Aqui (2024) conquistou a estatueta de melhor filme internacional, mas o diretor não leu seu discurso planejado no palco da premiação e precisou improvisar. O cineasta tinha planos de falar em português e promover o debate político presente de forma contundente no texto do filme.

Em entrevista a jornalistas da qual o Notícias da TV participou, Walter Salles confessou que tentou achar seu discurso antes de subir no palco do Oscar 2025. No improviso, ele enalteceu Eunice Paiva (1929-2018) --que inspirou a história do longa-metragem-- e suas intérpretes: Fernanda Torres e Fernanda Montenegro.

Segundo Salles, a última frase de seu discurso seria em português. O cineasta tinha planejado com antecedência, mas perdeu suas anotações antes de ser chamado ao palco do Oscar.

Ainda Estou Aqui concorria em mais duas categorias: a de melhor filme, e de melhor atriz, pelo trabalho de Fernanda Torres. Ambas as estatuetas foram perdidas para Anora (2024).

Confira abaixo como seria o discurso original de Walter Salles:

"Agradeço à Academia por reconhecer a história de uma mulher que, diante de uma tragédia causada por uma ditadura militar, optou por resistir para proteger sua família.

Em um tempo em que tais regimes estão se tornando cada vez menos abstratos, dedico esse prêmio a Eunice Paiva e a todas as mães que, diante de tamanha adversidade, tiveram a coragem de resistir. Que nos ensinam a lutar sem perder a capacidade de sorrir, mesmo quando elas se sentem à beira do abismo.

Este prêmio também pertence a duas mulheres extraordinárias, Fernanda Torres e Fernanda Montenegro. Elas não apenas elevaram nosso filme, mas representam o fato de que a arte resistiu no Brasil.

Governos autoritários surgem e desaparecem no esgoto da história, enquanto livros, canções e filmes ficam conosco... Obrigado a todos, em nome do cinema brasileiro e latino-americano! Viva a Democracia, Ditadura Nunca Mais!".


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