Morre o cineasta David Lynch, de Veludo Azul e Cidade dos Sonhos, aos 78 anos

Um dos principais nomes do cinema contemporâneo, o diretor norte-americano David Lynch (1946-2025) morreu nesta quinta (16). Ao longo de várias décadas de carreira, ele desenvolveu um estilo tão próprio que deu origem até um adjetivo --lynchiano, costumeiramente utilizado para designar imagens oníricas, assombrosas e perturbadoras. Alguns de seus filmes mais conhecidos no Brasil são Veludo Azul (1986), O Homem Elefante (1981) e Cidade dos Sonhos (2001).

A informação foi confirmada pela família de Lynch nas redes sociais. "É com o mais profundo pesar que nós, integrantes de sua família, anunciamos a morte do homem e do artista David Lynch. Gostaríamos de ter alguma privacidade nesse momento", diz o comunicado.

“Há um grande buraco no mundo agora que ele não está mais entre nós. Mas, como ele diria, 'mantenha o olho no donut, e não no buraco'. É um dia lindo, com um sol dourado e céu azul", acrescenta.

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Lynch foi largamente premiado ao longo de sua carreira, ganhando a Palma de Ouro do Festival de Cannes por Coração Selvagem (1990); o César, que é tratado como o “Oscar francês", por Cidade dos Sonhos; e até um Globo de Ouro pela sua incursão na televisão, com a série Twin Peaks (1990).

O cineasta também foi laureado com um Óscar honorário em 2020 pelo conjunto da obra. Ele já havia sido indicado a melhor diretor por Veludo Azul e Cidade dos Sonhos; e na categoria de melhor roteiro adaptado por O Homem Elefante.

Lynch ainda é lembrada pelo humor e irreverência em suas entrevistas, como durante o BAFTA, em que se negou a elaborar uma de suas declarações. Ele sofria com sequelas de um enfisema pulmonar desde 2024.