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Análise

Ainda Estou Aqui merece o Oscar 2025? Veja os principais defeitos de seus adversários

DIVULGAÇÃO/Sony Pictures

Fernanda Torres em cena de Ainda Estou Aqui

Fernanda Torres pode fazer história no Oscar 2025 ao vencer a estatueta de melhor atriz

VICTOR CIERRO VIEIRA

victor@noticiasdatv.com

Publicado em 1/3/2025 - 21h00

Ainda Estou Aqui (2024) pode sair de Hollywood com três estatuetas do Oscar 2025 neste domingo (2). Para isso, o filme nacional precisa superar grandes produções, como Anora, O Brutalista e Emilia Pérez. Essa possibilidade é real, já que seus principais adversários apresentam erros significativos em suas respectivas execuções.

Anora deve ser o maior obstáculo para o cinema brasileiro. Além de disputar a categoria de melhor filme, a produção também conta com uma representante na disputa de melhor atriz. Mikey Madison tem grandes chances de vencer a estatueta, mas o longa-metragem tem seus pontos fracos.

Na trama, Anora (Mikey Madison) é uma trabalhadora do sexo e, mesmo assim, o filme não contou com um coordenador de intimidade. Apesar de a atriz ter descartado a necessidade, caberia à produção contratar um especialista para supervisionar as cenas amorosas.

Além disso, a história apresenta uma jornada profunda sobre a vida de uma mulher nos Estados Unidos. Tramas como essa demandam um olhar feminino. No entanto, Anora foi escrito e dirigido por Sean Baker, que concorre ao Oscar 2025 como melhor diretor e por melhor roteiro.

Os problemas de Emilia Pérez

Emilia Pérez é um grande concorrente de Ainda Estou Aqui, pois disputa as três mesmas categorias que a produção nacional. No entanto, o musical está envolvido em polêmicas, desde questões de representatividade até declarações controversas de Karla Sofía Gascón.

O filme enfrentou dificuldades devido a falas de sua protagonista. Karla Sofía Gascón acusou pessoas ligadas ao círculo de Fernanda Torres de criticarem a produção, o que levou a uma investigação sobre sua conduta. Além disso, publicações antigas no X (antigo Twitter) mostraram a atriz expressando opiniões polêmicas sobre islamismo, o caso de George Floyd (1973-2020) e o próprio Oscar.

A falta de representatividade também é um tema delicado. O diretor Jacques Audiard confessou abertamente não ter pesquisado sobre a cultura mexicana. O elenco do filme sofreu com a ausência de latinos, o que fortaleceu a torcida sul-americana por Ainda Estou Aqui.

Vantagem para Ainda Estou Aqui?

Na mesma linha, O Brutalista pode ser criticado por não escalar um ator húngaro para o papel de protagonista. Em vez disso, a produção escolheu Adrien Brody —vencedor do Oscar— para interpretar László Toth. E as polêmicas não param por aí!

O filme utilizou inteligência artificial durante sua produção. O Brutalista usou a tecnologia para criar a base de alguns dos desenhos de László Tóth (Adrien Brody), além de modificar a fala do elenco para que soassem mais húngaros ao falarem a língua do país.

Com isso, Ainda Estou Aqui pode fazer história no Oscar 2025. O cinema nacional nunca conquistou uma estatueta e tudo isso pode mudar no Dolby Theatre, em Los Angeles, às 21h (horário de Brasília).


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