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NOVOS TEMPOS

Como a Globo foi vista por 140 milhões na Olimpíada? O que mudou na audiência

RAFAEL RIBEIRO/CBF

Gabi Portilho e Adriana Silva comemoram batendo os peitos em jogo na Olimpíada de Paris

Gabi Portilho e Adriana Silva em partida da Seleção Feminina nos Jogos Olímpicos de Paris

DANIEL CASTRO

dcastro@noticiasdatv.com

Publicado em 13/8/2024 - 8h01

A Globo divulgou que foi vista por 140,4 milhões de pessoas com as transmissões de eventos e programas dos Jogos Olímpicos de Paris, encerrados no domingo (11). Esse dado não é oficial da Kantar Ibope, que ainda trabalha audiência de TV em pontos percentuais, mas pode ser verificado e tem credibilidade no mercado. É uma nova forma de medir o impacto da televisão na era das plataformas.

Essa audiência de impressionantes 69% da população brasileira se justifica justamente porque a transmissão de Paris 2024 foi multiplataforma. Transmissões de eventos esportivos, reality shows e até novelas hoje vão muito além da TV aberta, são vistas em celulares, sites e redes sociais, por pagantes e não-pagantes. Como medir isso? A Globo desenvolveu uma metodologia própria que considera o alcance, o telespectador que permanece sintonizado pelo menos um minuto na TV ou navega por uma página de web.

"A gente sempre trabalhou com vários dados que se complementam o tempo inteiro. A audiência [em pontos] faz sentido, continua fazendo sentido porque ela é uma relação de pessoas e tempo, é o melhor para falar da relação que as pessoas têm com aquele conteúdo e mede também a atenção. Já o alcance nos dá essa visão de impacto", explica Suzana Pamplona, diretora de Pesquisa e Conhecimento da Globo.

E a vantagem do alcance, como a gente não tem uma medida única, comparável, entre todas as plataformas, porque isso seria o Santo Graal da métrica de mídia que a gente tem buscado. Como eu comparo um site com um conteúdo televisivo programado, com conteúdo on demand? Não existe isso, essa métrica uniformizante. A métrica que melhor consegue ser comparável entre todos os meios, por questões técnicas, é com quantas pessoas a gente falou, é o alcance.

Para chegar aos 140,4 milhões de pessoas que viram a Olimpíada de Paris em suas plataformas, a Globo somou o alcance da TV Globo, dos canais Sportv, do Globoplay e do portal GE. Somou pontos aferidos pela Kantar Ibope com usuários logados (caso do Globoplay) e páginas e vídeos visualizados nas páginas de web, colhidos pelo Google Analytics.

Assim, chegou a um número muito maior e mais impactante do que os 11 pontos de média geral domiciliar que os Jogos Olímpicos tiveram no PNT (Painel Nacional de Televisão), da Kantar Ibope. Cada ponto equivale a 1% de 65,8 milhões de telespectadores (658 mil pessoas), que é a população das 15 regiões metropolitanas em que é feita a medição do PNT.

A Globo não admite explicitamente, mas a divulgação da audiência de Paris 2024 por alcance também fornece uma medida fácil de comparação com a CazéTV, sua única concorrente, que transmitiu as competições pelo YouTube. E mostra sua enorme superioridade.

O canal de streaming da agência de direitos esportivos Livemode teve audiências expressivas, como 14 milhões de visualizações de Brasil x Estados Unidos, na final do futebol feminino, no sábado (11). Nas plataformas Globo, o conjunto das transmissões do futebol feminino alcançou 71,7 milhões de pessoas, cinco vezes mais os 14,5 milhões de telespectadores que representam os 22 pontos de média que a final rendeu à TV Globo no PNT.

Embora os números sejam parecidos, seria errado dizer a CazéTV teve a mesma "audiência" que a Globo na final do futebol feminino, porque são métricas diferentes. O total de 14 milhões do canal de YouTube são alcance, não a média de audiência de toda uma transmissão que durou mais de duas horas, caso dos 14,5 milhões da TV Globo. Esses 14,5 milhões de telespectadores, por sua vez, não representam a totalidade do país, mas 32% da população. A comparação de alcance parece ser mais justa.

Segundo Suzana Pamplona, da Globo, a emissora desenvolveu uma "tecnologia proprietária" para calcular audiência multiplataformas usando dados de fontes diferentes (Kantar, Google e ela própria) e métricas distintas, chamada internamente de Total Audience.

Esses dados, diz a diretora de pesquisa, são tratados com rigor e podem ser auditados. O alcance é deduplicado, ou seja, são eliminados um mesmo usuário que possa ter visto um jogo na TV e acompanhado outro pelo portal de internet do grupo. Na conta dos 140,4 milhões de "uns" que viram Paris 2024, não entraram as 110 milhões de pessoas que assistiram ao noticiário olímpico no Jornal Nacional.

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Rebeca Andrade em apresentação da ginástica artística

Rebeca Andrade na apresentação do solo

Confira destaques da audiência da Olimpíada

Veja a seguir um resumo da audiência dos Jogos Olímpicos nas plataformas da Globo:

  • O futebol feminino liderou a preferência do público (alcance de 71,7 milhões), seguido pela ginástica artística feminina (69,8 milhões), vôlei de praia feminino (64,8 milhões), vôlei feminino (55,7 milhões) e vôlei de praia masculino (55,3 milhões).
  • A TV Globo alcançou 81% dos lares brasileiros durante a Olimpíada. A audiência média (11 pontos no PNT) foi 10% superior à dos jogos de Tóquio, em 2021. A emissora festejou um crescimento de 9% entre o público de 18 a 34 anos (alvo da CazéTV).
  • Exibida no horário nobre, sob o sacrifício das outrora intocáveis novelas, a medalha de prata de Tatiana Weston-Webb no surfe feminino teve a maior audiência na TV aberta: 24 pontos no PNT. Na média de todas as transmissões por modalidades, o surfe feminino fechou com 21 pontos, seguido pelo surfe masculino (19), futebol feminino (17), vôlei de praia feminino (14) e boxe masculino (13).
  • Sete dos dez vídeos mais visualizados sobre Paris 2024 no Facebook foram distribuídos pela Globo.
  • Os canais Sportv e Sportv 2 lideraram a audiência da TV paga durante os jogos. As maiores audiências da TV paga foram Brasil x Polônia no vôlei feminino, Brasil x EUA no final do futebol feminino e ginástica artística feminina.
  • O Globoplay registrou um aumento de 30% no consumo diário de vídeo ao vivo em comparação às quatro semanas anteriores.

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