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MEDO EXTREMO

Repórter da Globo, Ananda Apple revela fobia que atrapalha sua profissão

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Ananda Apple em reportagem sobre queda de avião no Bom Dia SP, em 2019

Ananda Apple em reportagem sobre queda de avião no Bom Dia SP, em 2019; jornalista tem fobia

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 22/8/2024 - 15h03

Repórter da Globo, Ananda Apple revelou que tem um medo extremo que acaba atrapalhando sua profissão. A jornalista sofre de fobia de aviões, o que deixou ainda mais difícil cobrir uma queda de um cargueiro da Transbrasil em Guarulhos, São Paulo, em 1989 --dois meses após ter entrado na Globo. "Eu quis fugir", revelou.

O detalhe foi revelado em homenagem ao produtor Ronaldo Paschoa no Instagram. A repórter ficou mais próxima do profissional por meio de uma série de 2019 do Bom Dia São Paulo que reconstituiu 30 anos depois o acidente que cobriu em seus primeiros meses de contratada da casa.

"Esse guri me conquistou na série que produziu, em 2019, sobre os 30 anos da queda do cargueiro da Transbrasil. Eu fiz as reportagens de 1989 e, quando ele me chamou para reconstituir o fato no Bom Dia SP, eu quis fugir de relembrar tudo --por causa da minha fobia de avião", disparou ela.

"Mas ele se esforçou tanto, insistiu tanto, que eu tive que honrar o enorme trabalho deste jornalista de verdade", completou Ananda.

Na reportagem, que foi ao ar em 2019, a jornalista de 63 anos chegou a dar mais detalhes sobre os sentimentos de ter que reportar a tragédia. "Eu trabalhava, na época, há cinco anos em televisão, no Rio Grande do Sul. Eu havia chegado na Globo em São Paulo havia dois meses, e eu já tinha medo de avião. Me vi naquele cenário de destruição junto com outros colegas", começou ela.

"Tinham pessoas procurando pelos seus parentes, pelos seu amigos, desesperadas. Além de toda essa dor emocional que eu captava naquele momento, tinha um cheiro terrível no ar, cheio de morte, de equipamento queimado, penetrante, que ficava o dia inteiro na gente", lamentou.

"Ainda tinha o calor que, apesar de um dia de chuva, era quente, e o barulho. A cada minuto e meio, passava um avião, e a sensação que a gente tinha era de que, se levantasse a mão, passava na barriga do avião, de tão pertinho", relembrou a repórter.

O local da tragédia era bem próximo de uma das pistas do Aeroporto Internacional de Guarulhos [região metropolitana de São Paulo]. Não à toa, recontar a história foi desafiador para Ananda. "Quando eu estava chegando aqui esta semana, para recontar essa história, meu cérebro não lembrava mais desse lugar, porque era completamente diferente. A região agora é super adensada, na época tinham 80 mil pessoas vivendo aqui, agora tem muito mais", pontuou.

"Meu coração ficou cada minuto mais apertado à medida em que a gente se aproximava do ponto exato que o avião caiu. Eu aprendi que o coração tem uma memória emocional, independente do cérebro da gente, inclusive para energia negativa, que é muito o que eu vi naquele dia, ainda que tinha a energia da solidariedade das pessoas se ajudando", explicou, emocionada.

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