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Volta à TV

Paulo Cintura vive evangélico na TV e critica nova Escolinha: 'É trairagem'

Reprodução/Fox

Paulo Cintura em cena do episódio da última quarta (5) da série Prata da Casa, da Fox - Reprodução/Fox

Paulo Cintura em cena do episódio da última quarta (5) da série Prata da Casa, da Fox

FERNANDA LOPES

Publicado em 7/7/2017 - 6h12

Desde os anos 1980, Paulo Cesar Rocha interpreta Paulo Cintura na TV. Em seu trabalho mais recente, deu um tom diferente ao personagem marombado. Na série nacional Prata da Casa, da Fox, ressurgiu como um personal trainer evangélico. Um dos principais integrantes da primeira versão de Escolinha do Professor na Globo (1990-1995), ele classifica de "trairagem" o remake do humorístico.

"A Escolinha dos Traíras? Eu acho um absurdo. É bom ninguém me chamar, porque eu sento o couro nos caras. Acho que o que eles [elenco e direção] estão fazendo é uma covardia, uma indelicadeza, uma safadeza. Sou totalmente contra. Estão pegando personagens que não pertencem a eles. Eu chamo aquilo de Escolinha da Trairagem", esbraveja.

Cintura, apelido que herdou na adolescência, não admite que a Globo entregue personagens consagrados para jovens atores ("de uma panelinha"), enquanto os comediantes da versão original são esquecidos e passam por dificuldades.

"Homenagem é o cacete. Os atores deviam ter a consciência de ligar para as famílias dos mortos e para os que estão vivos e falar: 'Estou fazendo um personagem seu, acho que estou ganhando nas suas costas, vou te dar 20% do meu salário'. Mas essas pessoas não foram consultadas. [Atores] Pegaram o que não era deles, estão usando e não repassaram nada, nem uma cesta básica, um dinheirinho qualquer", reclama.

O discurso inflamado continua: "Não ligam pra isso, só pensam em benefício próprio. Isso se chama maldade. Eu acredito que essas pessoas vão pagar por isso nessa vida ou na outra. Já vi muito cara malandro que nem eles, e hoje estão todos no Retiro dos Artistas, esquecidos. Esses caras de hoje serão essas pessoas amanhã. É o tempo. Seja bonzinho hoje para não levar a chibatada do capeta (risos)".

reprodução/globo

O ator Paulo Cintura em cena da Escolinha do Professor Raimundo, na década de 1990

Saúde é o que interessa
Cintura sempre se irrita quando fala sobre a Escolinha, mas jura que, fora isso, é um homem tranquilo. Afirma também que a carreira na TV não é mais de seu interesse.

O ator estava fora do ar desde 2013, quando fez a Escolinha do Gugu na Record, e só aceitou viver o professor de educação física que exalta Deus e Jesus na TV paga porque o trabalho era legal e não lhe tomaria muito tempo.

"Não sou muito ligado nessas coisas de televisão. Ficar em gravação ou em teatro, tudo fechado, sem janela, não quero, não. Quando é uma participação assim, que fico dois dias, aí eu vou. Mas se for um negócio para ir todo dia, das 7h às 21h, opa, peraí. Eu gostava quando gravava a Escolinha, uma vez por semana. Mas pouco me importavam as gravações, meu negócio era encontrar os amigos. Não sinto a menor falta [do trabalho], sinto falta das companhias", explica.

Cintura é solteiro e mora sozinho no Rio de Janeiro. Ele conta que chegou num ponto da vida em que não precisa mais trabalhar para sobreviver. Hoje, participa de comerciais, colaborações e eventos.

"Semana retrasada gravei um comercial de suplemento alimentar. Também inauguro academia de ginástica, spa, essas coisas. Faço eventos, dou aula de ginástica. Escrevi um livro sobre como chegar aos 60 com saúde e gravei um funk que vai na contramão dos funks negativos. Falo que tem que malhar, não pode fumar, tem que preservar os amigos. O MC Marombado, que se inspirou em mim, queria gravar comigo essa letra. Então as coisas vão acontecendo. Tudo meu sempre foi baseado na malhação", conta.

Fisioterapeuta por formação, ele caiu no humor por acaso: fazia programas sobre ginástica no rádio e na TV, se destacava e foi chamado para fazer parte da Escolinha.

Longe da televisão, Cintura aproveita para seguir com sua dieta bastante rígida (e exótica, com cinco dentes de alho crus por dia e copos de água quente e gengibre) e com a malhação diária. E diz viver muito bem assim.

"Sou careta demais da conta. Tenho uma determinação muito grande para ir malhar, fazer exercício, eu realmente não preciso trabalhar. Quero ficar tranquilo, só não quero que me atrapalhem. Eu não faço nada que possa prejudicar alguém, se eu fizer meu coração não fica em paz. Acho que nós temos a saúde da alma, procuro cuidar da minha", conclui.


Exibido pela primeira vez na última quarta (5), o episódio de Prata da Casa com Paulo Cintura será reprisado pela Fox nesta sexta (7), às 19h15, e no sábado (8), às 10h25.

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