VIDA QUE SEGUE
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Nívea Maria em cena de A Dona do Pedaço (2019), sua última novela na Globo; saída sem trauma
Demitida da Globo em 2022, depois de 51 anos de contrato, a atriz Nívea Maria afirmou que entende o lado da emissora em dispensar o elenco fixo e investir cada vez mais em acordos por obra. "Eu entendo o lado das empresas, essa parte de negócios", disse a veterana.
Nívea participou do programa A Tarde É Sua, da RedeTV!, nesta sexta-feira (20), para promover a peça Norma, em cartaz em São Paulo, mas também falou com Sonia Abrão sobre o seu desligamento da emissora que chamou de casa durante mais de meio século.
Apesar de compreender a decisão pelo lado financeiro, a atriz admitiu que não foi fácil ser demitida. "Não foi uma coisa muito agradável de receber a notícia de que não seria renovado o meu contrato. Isso foi exatamente na época da pandemia. Eu não entendi muito bem", confessou.
"Eu fui muito produtiva na TV Globo, nunca parei de trabalhar. No máximo, eu ficava seis meses sem estar em uma novela, mas já sabendo que estaria em outra produção", ressaltou a artista de 77 anos.
"Como eu tenho um lado que entende as empresas, essa parte de negócios, eu falei: 'Alguma modificação está tendo'", apontou Nívea na mesa do A Tarde É Sua, que deixou claro que superou a demissão rapidamente. "Eu não costumo sofrer, arrancar os cabelos, por nada na minha vida."
"Eu tenho um temperamento, eu nasci assim. Quando alguma coisa me faz mal, me incomoda, eu saio para respirar, não crio problema. Não sei se é um dom que eu nasci, se é um autocontrole", disse ela.
Em entrevista a Ronnie Von, em agosto, Nívea já tinha falado sobre seu desligamento da Globo. Na ocasião, porém, ela havia sido mais crítica e afirmado que a dramaturgia da TV brasileira está "perdida".
"Na minha opinião, está meio perdida a dramaturgia da televisão brasileira. Claro, [apostar] um remake de um produto que deu certo, que foi sucesso... Mas, será que é isso que esse público novo da televisão brasileira está querendo ver? Porque, quando você olha a reação das pessoas, 'olha, vem um remake', você vê que são pessoas da geração antiga, que assistiram à primeira versão da novela", começou.
"Então eu não... Sei lá, eu não sou contra, mas eu estou achando que está precisando de um pouco de criatividade, principalmente dentro da dramaturgia brasileira. Porque a parte de entretenimento dentro da televisão está se mexendo, ela está tentando conquistar o público, mas a dramaturgia de repente está num sinal vermelho, está parada numa coisa", completou.
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