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QUASE 40 ANOS DE GLOBO

Miguel Falabella anuncia que vai se demitir da Globo: 'Quero liberdade'

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Miguel Falabella em entrevista para o jornal Bom Dia Rio Grande durante o Festival de Cinema de Gramado 2019, no Rio Grande do Sul

Miguel Falabella em entrevista para o jornal Bom Dia Rio Grande, em 23 de agosto, durante o 47º Festival de Gramado

REDAÇÃO

Publicado em 30/8/2019 - 11h32

Após quase 37 anos de casa, Miguel Falabella anunciou que vai se demitir da Globo para "ter mais liberdade". Durante o 47º Festival de Cinema de Gramado, em que lançou seu filme Veneza (2019), ele revelou que não pretende renovar o contrato de exclusividade que mantém com a emissora e que vencerá daqui a um ano e meio.

Em entrevista ao UOL, Falabella disse que sente preso dentro da Globo, já que seu contrato o impede de negociar projetos com outros veículos. "Se eles dizem não a um projeto meu, não tenho outra porta para bater", explicou o roteirista da série Eu, Minha Vó e Boi, que estreará na plataforma de streaming Globoplay no ano que vem. A trama baseada em mensagens publicadas no Twitter por Eduardo Hanzot também será exibida em TV aberta.

O autor contou que o futuro da série é incerto, já que o Globoplay teve mudanças em sua diretoria recentemente. "[João Mesquita, antigo diretor-geral] Adorava o projeto, e eu não posso levar meus projetos para outros lugares por causa do meu contrato [com a Globo], esclareceu Falabella.

Como ator, um de seus personagens mais marcantes foi o Caco do humorístico Sai de Baixo (1996-2002), e Falabella revelou que ficou desapontado com a falta de atenção da Globo em relação a seus projetos pessoais. O diretor de Veneza contou que aceitou aturar em Sai de Baixo: O Filme (2019) para poder negociar a filmagem do drama que estreou no festival de cinema, no Rio Grande do Sul.

"Várias vezes liguei pedindo ajuda, inclusive no momento em que a Ancine (Agência Nacional do Cinema) não liberou uma parte do orçamento. Mas eles nem se mexeram. Tive que colocar do meu bolso, e depois pegar o dinheiro com a agência", desabafou o dramaturgo.

Falabella ressaltou que a Globo está dando mais atenção para ele agora que o filme foi lançado, mas afirmou que futuro na emissora é incerto. "Antes de o filme ficar pronto, não me davam a menor confiança. Agora eles estão se coçando. Mas não sei como vai ser no futuro. Sou como o Salgueiro: não sou melhor, nem pior, sou diferente. Tenho uma pegada minha", finalizou Miguel Falabella.

reprodução/tv globo

O ator Miguel Falabella durante seu Arquivo Confidencial no Domingão do Faustão, em maio


Falabella já criticou diretores da Globo

Em maio deste ano, Miguel Falabella deu uma alfinetada nos atuais diretores da Globo. Durante um Arquivo Confidencial que o Domingão do Faustão exibiu em sua homenagem no dia 21, ele disparou que os profissionais não vão mais ao teatro. A crítica aconteceu enquanto Falabella lembrava como aconteceu sua entrada na Globo, em 1982, para atuar na novela Sol de Verão.

Na época, o ator estava em cartaz no teatro e uma de suas apresentações foi vista pelo diretor Roberto Talma (1949-2015). "Isso é de quando os diretores ainda iam ao teatro", atacou Falabella.

Talma encontrou o ator em uma festa, reconheceu-o dos palcos e puxou conversa. "Eu não sabia quem ele era. Conhecia Roberto Talma de nome, mas não trabalhava na TV, então não sabia o rosto", lembrou o ator.

Sem conhecer seu interlocutor, Miguel Falabella agiu naturalmente e conquistou Talma com seu bom humor. "Ele falou: 'Você é engraçado'. Eu agradeci. 'Você quer fazer novela? Passa na Globo amanhã'", contou.

O teste rendeu a Falabella o papel de Romeu na novela de Manoel Carlos, da qual Roberto Talma era diretor-geral. O ator não parou mais: fez Selva de Pedra (1986), Tieta (1989), Mico Preto (1990), A Viagem (1994) e a minissérie As Noivas de Copacabana (1992).

Falabella também trabalhou como roteirista das séries Sai de Baixo (1996-2002), Toma Lá, Dá Cá (2007-2009), Pé na Cova (2013-2016) e, atualmente, escreve Eu, Minha Avó e a Boi, baseada em mensagens publicadas no Twitter por Eduardo Hanzo.

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