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300 PESSOAS

MC Poze do Rodo é solto na frente de multidão após seis dias preso no Rio

REPRODUÇÃO/GLOBONEWS

Multidão de 300 fãs e familiares esperando a soltura do MC Poze do Rodo

Cerca de 300 fãs e familiares passaram a madrugada em frente ao presídio à espera do artista

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 3/6/2025 - 15h06

MC Poze do Rodo deixou o Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (3) após a Justiça conceder um habeas corpus em seu favor. O funkeiro havia sido preso na semana passada, suspeito de envolvimento com o Comando Vermelho (CV) e por fazer apologia ao tráfico de drogas em seus shows e músicas.

A soltura atraiu cerca de 300 fãs e familiares, que passaram a madrugada aglomerados em frente ao presídio à espera do artista. Poze saiu a pé, acompanhado por seus advogados, e foi recebido com aplausos e gritos de apoio. Um carro de som foi posicionado no local, e o público celebrou entoando seus maiores sucessos.

A influenciadora Vivi Noronha, mulher do cantor, também acompanhou a liberação. Ela foi alvo de uma operação da Polícia Civil justamente nesta terça, em uma investigação paralela que mira o núcleo financeiro do Comando Vermelho. A ação busca desarticular um esquema de lavagem de mais de R$ 250 milhões, mas não tem relação direta com o caso de Poze.

A defesa do artista comemorou a decisão da Justiça. O advogado Fernando Henrique Cardoso Neves declarou que a prisão foi desproporcional e que o funkeiro não tem qualquer envolvimento com atividades ilícitas. "A decisão dá espaço à única presunção existente no direito, a de inocência", afirmou o defensor.

Entre os argumentos da defesa está o fato de que Poze já havia sido investigado anteriormente por acusações semelhantes e absolvido em duas instâncias. Os advogados também ressaltaram que o cantor sempre esteve à disposição para colaborar com as autoridades e jamais tentou obstruir qualquer investigação.

Apesar da soltura, o artista terá que cumprir medidas cautelares. Ele está proibido de manter contato com outros investigados, frequentar determinados locais e deverá comparecer periodicamente à Justiça para prestar esclarecimentos. As restrições foram determinadas como forma de assegurar o andamento regular das apurações.

Em sua decisão, o desembargador Peterson Barroso Simão criticou a forma como a prisão foi conduzida. Ele apontou indícios de abuso por parte da polícia e destacou que o artista pode ter sido exposto de forma desnecessária à mídia. "O paciente teria sido algemado e tratado de forma desproporcional, com ampla exposição midiática, fato a ser apurado posteriormente", escreveu.

Marlon Brandon Coelho Couto Silva, conhecido artisticamente como MC Poze do Rodo, virou alvo das autoridades por conta de suas atividades profissionais e conexões suspeitas. Segundo a Polícia Civil, o cantor teria ligação com eventos organizados em comunidades controladas pelo Comando Vermelho, onde suas apresentações seriam protegidas por criminosos armados.

As letras de suas músicas também entraram no radar da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). Para os investigadores, o conteúdo ultrapassa o limite da liberdade artística ao promover o uso de drogas e estimular conflitos entre facções rivais. A suspeita é que esses eventos contribuam para fortalecer financeiramente o tráfico nas favelas do Rio de Janeiro.

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