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ATRIZ VETERANA

Maria Zilda explica por que decidiu processar a Globo por dinheiro de reprises

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Maria Zilda Bethlem usa chapéu e óculos em Êta Mundo Bom!

Maria Zilda Bethlem em Êta Mundo Bom! (2016): novela marcou despedida da atriz das novelas

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 2/6/2025 - 9h16

Maria Zilda Bethlem explicou por que decidiu entrar na Justiça contra a Globo, emissora em que trabalhou durante mais de 40 anos, por não concordar com os valores pagos pela reexibição de novelas nas quais atuou. A atriz alegou que suas obras estão sendo "exploradas comercialmente" sem a devida transparência e sem remuneração compatível com o novo cenário da indústria do entretenimento, que nos últimos anos cresceu com o streaming.

A artista criticou a postura da empresa e afirmou que a Globo tem lucrado com seus antigos trabalhos sem prestar contas adequadamente. "O que a Globo faz é se apoiar na força dos contratos para perpetuar uma lógica de apropriação indevida: ela se apossou dos meus sucessos antigos e segue lucrando com eles", declarou ela em entrevista ao F5.

Segundo Maria Zilda, os contratos assinados na época em que gravou suas novelas não previam a exploração das obras em plataformas digitais, como o Globoplay, nem a veiculação contínua do on demand. "Não existia streaming nem TV paga nos moldes atuais", explicou.

Ela também citou a lei nº 6.533/78, em vigor durante boa parte de sua carreira, que proíbe a cessão perpétua de direitos conexos e determina o pagamento de remunerações adicionais a cada nova exibição.

A Globo, por sua vez, informou que as reexibições e vendas de conteúdo estavam previstas em contrato e anexou ao processo um comprovante de pagamentos que somam R$ 218 mil feitos à atriz entre 2018 e 2024. Mesmo assim, ela afirma que não foi informada previamente sobre a presença de seus trabalhos no catálogo do Globoplay e quer que a Justiça defina parâmetros mais claros para situações semelhantes.

"Não estou lutando só pelo que me é devido, mas para que as próximas gerações de artistas não sejam tratadas como meros fornecedores de material bruto para exploração ilimitada", argumentou Maria Zilda. "Não temo nada. O meu tempo na Globo foi suficiente. Temo, sim, que artistas continuem sendo calados pelo medo e pela dependência", defendeu a atriz.

Maria Zilda disse que recebeu apoio de colegas, apesar de muitos não se manifestarem publicamente. "Muitos colegas ainda têm medo de se posicionar, compreensivelmente, pela força que a Globo exerce no mercado", lamentou. Para ela, a discussão vai além da sua causa pessoal e busca proteger o direito de todos os profissionais da classe artística.


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