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DESCONFORTÁVEL

Lésbica, Maria Casadevall assume que namoro com Caio Castro foi 'fora do tom'

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Maria Casadevall e Caio Castro no Altas Horas

Maria Casadevall e Caio Castro no Altas Horas; atriz se sentia desconfortável em relações héteros

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 26/6/2024 - 11h34

Há mais de uma década, Maria Casadevall engatou um namoro com Caio Castro, seu par romântico em Amor à Vida (2013). A atriz, no entanto, revelou-se lésbica em 2020 e confessou que não entendia os desconfortos que sentia em relações heteroafetivas. Ela, inclusive, admitiu que sabia que havia algo de errado no relacionamento com o ator e com outros homens, mas não conseguia identificar. "Alguma coisa estava meio fora do tom, fora do lugar", descreveu.

Em entrevista à Marie Claire, a intérprete revelou que nunca reprimiu o desejo por mulheres, mas acreditava que a homoafetividade jamais seria parte central em sua vida. "Sempre enxerguei a minha atração por homens como a 'regra a ser afirmada', e o meu desejo por mulheres como uma 'experiência para ser vivida'", contou.

"Só aos 31 anos, através de muito afeto e letramento, compreendi que era só mais uma vítima da estrutura que nos obriga a enxergar a heteronormatividade como via única para o sucesso amoroso, e também compreendi toda a miopia social e distorção emocional que estavam pesando sobre as minhas escolhas afetivas", afirmou.

Maria Casadevall foi relembrada sobre o namoro com Caio Castro e admitiu que havia uma certa pressão para se encaixar em relacionamentos com homens.

"Tive uma vida afetiva de relacionamentos com homens cisgênero (comecei a namorar aos 16), mas como não sabia identificar essa pressão, encarava com naturalidade o desconforto que vinha como consequência das minhas escolhas. Não sabia nomear, mas sabia que alguma coisa estava meio fora do tom, fora do lugar", confessou.

Assumir-se lésbica, no entanto, foi extremamente natural para a artista, e a partir de então ela se aprofundou em um intenso em autoconhecimento. "Descobri que a jornada de autoconhecimento é uma caminhada de uma vida inteira, e não só um retiro ou um 'mergulho'. Que estar aqui é uma escola, desde o dia em que se nasce até o dia em que a gente vai embora deste mundo", relatou.

Ela também destacou a importância de lutar pelos direitos das pessoas LGBTQIA+. "A importância de levantar cada um desses debates e trazer visibilidade para cada um deles é, sobretudo, integrá-los como uma luta comum através do reconhecimento de que toda opressão vem como sintoma de uma única estrutura que coloca a vida a serviço do lucro e essa estrutura é capitalista, patriarcal, branca e cis-heteronormativa em sua essência", contestou.


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