Filha de Mingau precisa lutar na Justiça por cirurgia essencial para reabilitação dele

Oito meses depois de levar um tiro na cabeça, o músico Rinaldo Oliveira Amaral, mais conhecido como Mingau, ainda tem uma longa recuperação pela frente. E o processo é dificultado por obstáculos legais. A filha dele, Isabella Aglio, lutou na Justiça para que o convênio aprovasse uma cranioplastia, cirurgia essencial para a reabilitação do baixista do Ultraje a Rigor.

"A questão da cranioplastia está sendo um tanto tensa. Os médicos quiseram aproveitar a internação e o quadro estável dele para fazer a cirurgia. Mas o convênio negou o uso de prótese feita sob medida, dizendo não estar no rol da ANS [Agência Nacional de Saúde Suplementar]", desabafou Isabella em entrevista à Quem neste sábado (4).

"Tivemos que entrar na Justiça e acabamos de receber a liminar. Agora estamos esperando o convênio se manifestar. Daí serão alguns dias para a confecção da prótese e a cirurgia. Acredito que a operação vá acontecer em breve", contou a filha do músico.

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No início de abril, Isabella já havia adiantado que o pai seria submetido à cranioplastia, cirurgia reparadora para recuperar a função protetora do crânio. "Ele perdeu uma parte do crânio, não deu para salvar após o tiro. Então ele precisará colocar essa prótese não apenas por estética, mas para proteger. Isso pode ajudar na reabilitação dele, vai facilitar", justificou ela na ocasião.

Na entrevista deste sábado, a influenciadora de moda afirmou que o pai tem sido mais participativo nos últimos dias. "Meu pai interage não só comigo, mas com outras pessoas também. Dá risada, chora e, às vezes, fecha a cara e não quer saber de ninguém. Se é normal termos altos e baixos, imagine para ele, que sempre foi muito ativo e agora passa parte do tempo na cama!"

Para a jovem, uma das partes mais difíceis é que não há um caminho exato para Mingau seguir em sua reabilitação. "Os médicos já haviam avisado que a recuperação de uma lesão cerebral é lenta e nunca é igual de uma pessoa para outra. Ou seja, só o tempo mesmo é que irá nos mostrar", afirmou.

"No dia a dia do hospital, ele tem feito diversas atividades, como fisioterapia motora e fonoaudiologia, além do uso de órteses nos braços e pernas, para evitar lesões. Temos ainda uma amiga que faz musicoterapia com ele. É bem lúdico. Mas isso não é o suficiente. Ele precisará de reabilitação mais intensiva, em uma clínica especializada", contou Isabella.

Assim que a cranioplastia for realizada, o baixista deve finalmente deixar o hospital. Mas ele ainda não voltará para casa. "Assim que ele tiver se recuperado da cirurgia, vamos para uma clínica de reabilitação. Lá, ele deve ter um tratamento mais específico e intenso, com outras terapias, para melhor recuperação motora e cognitiva", explicou a filha.

A jovem, que já falou abertamente sobre o custo alto que sua família tem arcado com as despesas médicas, explicou como as contas passaram de R$ 300 mil. "Quando tudo aconteceu, não tínhamos cabeça para pensar em nada. Só dois meses depois, quando recebemos a cobrança pelos honorários, mais de R$ 300 mil. Descobrimos que os médicos não eram do convênio!"

"Daí, os amigos sugeriram a vaquinha e o show beneficente. Aliás, agora no dia 23 de maio, acontecerá outro show, oJuntos Pelo Mingau 2, no Tokio Marine Hall, em São Paulo. É uma iniciativa que vai garantir recursos para os cuidados com ele. Temos ainda um longo caminho pela frente, mas, no final, sei que ele vai voltar."