Fernanda Montenegro só foi ao Oscar para cumprir protocolo: 'Sabia que não ia levar'

Após nomes como Laura Cardoso, Ary Fontoura e Zezé Motta, chegou a vez de Fernanda Montenegro ser homenageada no programa Tributo, da Globo, que rememora a carreira de veteranos da teledramaturgia. A edição que vai celebrar a atriz será exibida no próximo dia 16, quando a artista completa 95 anos de vida. Durante o especial, a atriz vai falar sobre a carreira, a vida familiar e, claro, a indicação ao Oscar em 1999.

A mãe de Fernanda Torres concorreu ao prêmio de Melhor Atriz por Central do Brasil (1998), de Walter Salles, mas acabou sendo derrotada por Gwyneth Paltrow, de Shakespeare Apaixonado (1999). Ela, no entanto, não carrega mágoas disso. Em seu depoimento ao Tributo, obtido com antecipação pela coluna Outro Canal, do F5, Fernanda diz que já sabia que não levaria o prêmio --apesar da torcida brasileira.

"Jamais pensei que iria levar esse negócio. Mesmo que não pegue a estatueta, aquilo já bota você no noticiário. Eu assisti como se estivesse em uma fantasia. Sabia que não ia levar nada, mas estive lá. Eu sou obediente, às vezes", brincou a veterana.

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Agora, a filha da atriz pode mudar a história. Fernanda Torres é tida como certa na disputa como Melhor Atriz do Oscar 2025, pela sua atuação em Ainda Estou Aqui (2024), também de Walter Salles, baseada no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva.

Montenegro, inclusive, falou sobre a relação com a filha durante o especial --relação que faz parte do que ela determina como campo de Arlette, seu nome de batismo. 

"Sou, ao mesmo tempo, Arlette Pinheiro Monteiro Torres e Fernanda Montenegro. Uma é a chamada de uma arte, de uma profissão. A outra, sou eu de porta fechada, sólida, dentro de casa. Será que isso é sadio? Não sei! Mas é desafiador. E, já que estou com essa idade, tenho sobrevivido", arrematou ela.