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Hylka Maria caracterizada na minissérie argentina Impotente: atriz se lança no mercado independente
Hylka Maria voltou às séries neste ano em Impotente, obra argentina independente em que ela atua e também produz. Atriz desde os 11 anos, a artista revelou que o mercado de trabalho fora do Brasil exige os mesmos desafios para veteranos e iniciantes. Para Hylka, "ser artista" ficou banalizado após pessoas sem estudo ocuparem as posições desses profissionais.
"Ser artista é difícil em qualquer lugar. Acho que existe muita competição hoje em dia, porque a profissão de ator e atriz virou algo muito banalizado", afirmou ela em entrevista ao Notícias da TV. Apesar de já ter morado e trabalhado em outros países, a artista admitiu que sempre enfrentou desafios.
"Qualquer pessoa diz que é ator. Muitas produções, inclusive, se utilizam de não atores. Eu respeito isso. Mas, para quem tem uma profissão que é levada pouco a sério, eu não vi grandes diferenças nesse sentido na Argentina ou no México", declarou.
Hylka deu um pontapé em sua produção independente na Argentina mesmo sem ter verba do governo para isso. A atriz de sucessos como Reis (2022) e A Força do Querer (2017) revelou que é importante para um artista exercer sua independência em outros projetos que não necessariamente estejam atrelados a uma emissora ou empresa de streaming.
"As pessoas estão podendo ter maiores e melhores possibilidades de expressão e de criação. Ficou mais barato fazer isso. Por sobrevivência, o artista tem que se reinventar e tem que se autoproduzir. Você não pode esperar que o personagem da sua vida venha através de um convite externo, porque talvez esse convite não chegue nunca", decretou.
"Então para mim, enquanto atriz e que agora estou escrevendo projetos de série, sinto que eu não fico refém do sistema. Eu posso escolher qual história quero contar, qual o personagem, com qual diretor tenho vontade de trabalhar... A oportunidade de se expandir e trabalhar fora do Brasil também me deu isso. É uma outra cultura, uma forma diferente de se filmar, e eu acho que isso é muito rico", acrescentou.
Tenho muita liberdade, desde a escalação dos atores até a escolha das cabeças de equipe. É muito raro que isso aconteça quando você está em uma emissora e faz um projeto dentro dela. Você tem que responder a uma hierarquia.
Hylka Maria acredita que o brasileiro nutre um preconceito contra as produções feitas no próprio país. Em contrapartida, na Argentina, por exemplo, a atriz percebeu que o público consome muito mais produtos produzidos dentro de seu território.
"A gente sempre dá mais valor ao produto de fora do que o nosso próprio interesse. Infelizmente, agora o que eu vejo crescer é um etarismo, e eu não acho que os atores mais velhos estão perdendo oportunidades. O que eu acho que está acontecendo é que as personagens mais interessantes estão indo para atores mais jovens, as histórias estão sendo focadas em gerações diferentes. E isso é uma grande pena, porque é óbvio que o jovem traz frescor, mas não se pode desvalorizar os veteranos", concluiu.
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