OUTRO FOCO
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Irene Ravache em foto publicada no Instagram; atriz chega aos 80 anos com sucesso no teatro
Longe dos folhetins desde uma rápida participação em Éramos Seis (2019), Irene Ravache não pensa em retornar às novelas --formato que admitiu não acompanhar mais tão assiduamente. "Nada contra, mas estou fazendo outras coisas", ressaltou. A atriz, que completou 80 anos de idade e 65 de carreira, tem dado preferência ao trabalho no teatro e no cinema.
Em cartaz com a peça Alma Despejada, monólogo que fala sobre a morte, a veterana também encara o passar do tempo. "A minha fita métrica está curta, é inevitável pensar na finitude. Porém, não é um pensamento que se instala. Resta-me seguir vivendo da melhor maneira possível", refletiu ela em entrevista ao jornal O Globo.
"Desejo, cada vez mais, ter novas experiências. Não vou pular de asa-delta, porque sou medrosa. Mesmo assim, há muitas coisas nas quais posso me jogar", completou.
Irene Ravache cursou Artes Cênicas em uma época em que a profissão ainda não era regulamentada no Brasil. "Era um grupo da União Nacional dos Estudantes, e nos apresentávamos em sindicatos, em cima de caminhões. Ali, a minha mãe ficou preocupada porque achava ser 'coisa de comunista' e sentia medo. Mas não havia preconceito por eu ser atriz", contou.
A atriz estreou na TV na novela Paixão de Outono (1965), e engatou papéis em Eu Compro Essa Mulher (1966), Elas por Elas (1982), Sol de Verão (1982), Guerra dos Sexos (1983), Champagne (1983), Sassaricando (1987) e Suave Veneno (1999).
Também esteve em Belíssima (2005), Eterna Magia (2007), Passione (2010), o remake de Guerra dos Sexos (2012), Além do Tempo (2015), Pega Pega (2017) e Espelho da Vida (2018).
Irene, entretanto, não pretende retornar aos folhetins no momento. "Não tenho acompanhado as novelas. Nada contra, mas estou fazendo outras coisas. As séries me agradam mais", explicou.
A veterana integra o elenco de O Clube das Mulheres de Negócios, novo filme de Anna Muylaert. Também já gravou Os Enforcados, longa de Fernando Coimbra. Agora, está dedicada ao trabalho em (Des)controle, de Rosane Svartman.
A artista não escondeu o incômodo com a presença de influenciadores digitais nas novelas. "Você não chega ao [Hospital] Albert Einstein dizendo 'tenho o maior jeito para fazer cirurgia', e atende a um paciente. Mas é o que acontece com a minha profissão. Todo mundo acha que pode chegar e fazer. Não é assim. Tanto que não funciona. Agora, o problema é de quem concorda e coloca essas pessoas nessa posição", criticou.
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