QUEBROU O SILÊNCIO
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Adriane Galisteu nos seus Stories nesta segunda-feira (2); ela falou sobre minissérie Senna
Protagonista da grande controvérsia do audiovisual brasileiro nos últimos dias, Adriane Galisteu quebrou silêncio e finalmente falou sobre a tentativa da minissérie Senna de excluí-la da história de vida do piloto Ayrton Senna (1960-1994), com quem namorou em seus últimos 18 meses de vida. A apresentadora elogiou a produção, mas alfinetou que o "apagamento" não é algo novo para ela. "Gente, o que está acontecendo agora é a vida como ela é. É a vida como ela sempre foi, pelo menos para mim", disparou.
Em Stories postados na noite desta segunda-feira (2), a contratada da Record falou diretamente com seus seguidores sobre tudo o que está acontecendo. "Bom, meus amores, primeiro eu tô aqui pra agradecer cada um de vocês pelo cuidado e pelo carinho comigo, viu? Eu tenho lido tudo, tô acompanhando tudo bem de perto, quero aproveitar e agradecer a imprensa, que boa parte dela sempre foi muito fiel à minha história e nunca largou minha mão", começou.
"Eu sei o quanto vocês estão curiosos para saber a minha opinião sobre tudo o que tá acontecendo. Olha, todas as homenagens, sejam elas em forma de livro, filme, DVD, série, minissérie, que dizem respeito ao Ayrton, são todas maravilhosas, merecidas e muito, mas muito bem feitas", elogiou Galisteu.
A apresentadora ressaltou que um ícone como o piloto de Fórmula 1 precisa ser exaltado para que as novas gerações o conheçam. "Nós temos a obrigação de perpetuar a história do Ayrton, para todas as gerações. Eu sou a primeira a ver, a primeira a aplaudir, a primeira a me emocionar, a levantar todas as bandeiras e dizer que a história dele tem que ser contada sempre."
"E eu sei, como artista também, que todos os artistas envolvidos deram o melhor, foram escolhidos a dedo para fazer o melhor. Foi tudo lindo e muito caprichado, então parabéns. Porque é assim que tem que ser mesmo, a gente tem que falar dessa história, a gente nunca pode deixar essa história passar ou morrer", valorizou.
Ela apontou que entende por que não aparece tanto na série da Netflix --na produção, Adriane (Julia Foti) tem menos destaque do que as outras duas mulheres de Senna (Gabriel Leone), Lilian de Vasconcellos (Alice Wegmann) e Xuxa Meneghel (Pâmela Tomé). "Vocês sabem também que eu nunca escondi que a história do Ayrton é muito maior do que o meu relacionamento com ele. Meu relacionamento com ele foi o último ano e meio de vida dele", afirmou.
"Porém, foi ao meu lado, e essa história também me pertence. E também foi uma história vivida intensamente, cheia de amor, cheia de diversão, um Ayrton completamente diferente de tudo aquilo que vocês já viram. Eu vivi essa história, e eu estou falando para vocês não o que ouvi, não o que vi, mas sim o que eu senti, o que eu vivi", declarou a apresentadora de A Fazenda.
No fim dos Stories, Adriane finalmente falou, discretamente, sobre a relação conflituosa que teve --e ainda tem-- com a família do piloto, mesmo sem citar os parentes do piloto diretamente. "Gente, o que está acontecendo agora é a vida como ela é. É a vida como ela sempre foi, pelo menos para mim", disse.
"A única novidade é que talvez agora eu esteja considerando a possibilidade de contar para vocês esse último ano e meio da minha vida ao lado dele. E eu acho que vocês vão amar, amar. Acho não, eu tenho certeza absoluta que vocês vão amar", finalizou.
Como o Notícias da TV havia antecipado, a minissérie Senna praticamente apaga Adriane Galisteu da história de Ayrton Senna. Na época em que a Netflix acertou a produção da atração, a reportagem já tinha dado informações de bastidores sobre o que aconteceu entre a família do piloto e a plataforma.
Viviane Senna, irmã do piloto e que representa os interesses da família, não queria de jeito nenhum que houvesse menções à apresentadora da Record na atração --a quem nunca acolheu como a viúva de Senna.
Os executivos da Netflix, no entanto, peitaram a empresária e chegaram a desistir da ideia de fazer a série. Os argumentos eram plausíveis: não mencionar a ex-modelo poderia acabar com a credibilidade da série, já que ela esteve ao lado de Senna nos 18 meses finais da vida dele.
A condição dada por Viviane Senna para a continuidade do trabalho foi, então, minimizar a importância de Galisteu na vida do irmão e tratá-la apenas como mais uma namorada --e nunca como viúva. E foi exatamente isso que ocorreu.
Galisteu foi colocada nas telas como mais uma --com menos importância do que Xuxa ou até Lilian. Para quem for conhecer a história de Ayrton Senna por meio da série, certamente a última namorada do piloto passará despercebida.
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