Juliana Alves chora de soluçar por medo do pós-BBB: 'Portas que tinham fechado'

Juliana Alves chegou a chorar durante seu depoimento para o BBB: O Documentário, que exibiu o terceiro episódio na noite de quinta (9). A atriz admitiu ter sentido medo quando pensou em sair do reality show da Globo. Ela temia que não fosse conquistar outras oportunidades, mas acabou surpreendida com o que veio pela frente.

"Eu tinha muito medo da minha saída. Por tudo o que eu vivi na minha vida, porque todas as portas que já tinham fechado, as portas que eu não achava que pudessem existir para mim. Por toda a história que eu via do nosso povo, né?", disse ela, pedindo desculpas e interrompendo o próprio raciocínio para secar as lágrimas e respirar fundo.

O resultado de sua participação, contudo, foi muito melhor do que o imaginado. "O universo estava conspirando mesmo para que eu fosse abraçada de todas as maneiras. E ali a vida já falou para mim: 'olha, as portas para você estão abertas. Agora, é você acreditar e conquistar muitas outras, né?'", disse.

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Ela acabou escalada para a novela Chocolate com Pimenta (2003), que foi ao ar logo após a edição que ela participou. "Eu não pensava em uma coisa milagrosa, nem nada que fosse repentino, nem nada que fosse sensacional na minha vida como o Big Brother", arrematou. Ela recebeu a notícia de que a Globo estava interessada em fazer um teste com ela dias depois de sair do confinamento.

Juliana foi eliminada em um paredão com Dhomini, que acabou se tornando o campeão da edição. Quem carrega parte da culpa disso é Sabrina Sato --ela acredita que eliminou a amiga ao prometer beijar o affair caso ele ficasse no programa.

"Eu prometi um beijo para um cara que estava indo para o paredão com a minha amiga. Eu praticamente eliminei a Juliana lá. Prometendo um beijo... Mas eu estava completamente apaixonada. Acho que poderia ser minha mãe, poderia ser qualquer um lá... ", confessou a apresentadora, aos risos.

As duas já se conheciam antes mesmo do BBB: ambas trabalharam no balé do Domingão do Faustão (1989-2021), em 2000. Juliana acabou no programa pela indicação de uma de suas professoras de jazz. A mulher conhecia o coreógrafo do programa, que buscava "meninas exóticas".

"Não sou exatamente exótica no Brasil, mas passei para dançar no balé", revelou ela. "A gente ficou muito amiga desde o teste", disse Sabrina. "Mas era muito ensaio, e eu era muito atrapalhada também, né? Eu ia para o lado errado... Aí acabava que eu ficava segurando CD, o que também era legal. Mas foi uma experiência boa. Foi rápida, mas foi boa."

Quando elas se encontraram dentro da casa, Juliana tomou um susto. "Eu estava enclausurada, não estava interagindo com ninguém, e de repente me aparece uma amiga minha, uma das poucas amigas que eu tinha nesse meio. E aí quando a gente se viu foi um 'meu Deus, que isso, eu não acredito que é você'. E a gente se abraçou", narrou ela.

Juliana, contudo, destacou que era a única mulher negra no reality show --o que a fazia se sentir pouco representada. "Eu lembro que eu falava sobre questões que, para mim, eram muitos sensíveis. Sobre questões sociais, questões raciais. Essa conversa não tinha muita evolução, ficava muito no raso, porque também não era o interesse das pessoas ali falar sobre isso", revelou.

"Eu lembro que quando faziam edições do programa, matérias, eu nunca estava entre os grupos de beldade, de bonitas, de mais belas do programa. Eu estava entre um outro perfil ali. O convite para posar nua, para as participantes do Big Brother, acontecia de maneira bem sistemática. E eu não recebi esse convite. E isso também refletia um olhar sobre os perfis dos participantes, inclusive no padrão estético", arrematou a artista.