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ENTENDA!

Paralisia de Bell: Médico explica condição que atingiu rosto de Gabi Melim

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Foto do rosto de Gabi Melim

Gabi Melim em registro no Instagram; cantora revelou diagnóstico após crise de ansiedade

GABRIELA RODRIGUES

gaby@noticiasdatv.com

Publicado em 2/12/2024 - 19h16

A cantora Gabi Melim foi diagnosticada com paralisia de Bell após uma crise de ansiedade. Um lado do rosto da artista ficou sem movimento, impedindo que ela até mesmo conseguisse fechar o olho. Segundo o psiquiatra Luiz Scocca, a condição costuma estar associada à reativação de quadros de viroses e, indiretamente, a episódios de estresse, que resultam no enfraquecimento do sistema imunológico. 

Ao Notícias da TV, o especialista da USP (Universidade de São Paulo) explica como o quadro costuma se manifestar nos pacientes. Ele destaca ainda a importância de acompanhamento com profissionais da saúde, incluindo a ajuda psicológica.

"A paralisia de Bell é uma condição que é abordada pela neurologia, é caracterizada por uma fraqueza ou por paralisia temporária dos músculos do rosto. Muitas vezes ocorre por conta de uma inflamação do nervo facial, aquele que controla os movimentos faciais."

As suas causas mais importantes não são totalmente compreendidas, mas acredita-se que estejam associadas a reativações de viroses do passado, essa talvez seja a maior causa da paralisia de Bell. Por exemplo, a herpes labial, mas também a varicela-zóster, a da catapora. Elas podem contribuir com essa reativação e resultar na paralisia. 

"A gente não sabe se a ansiedade por si só causa a paralisia de Bell. Não é o que se acredita, mas, com certeza, pode ser uma causa indireta, já que o estresse enfraquece o sistema imunológico", acrescenta. 

A paralisia de Bell afeta somente os músculos faciais, sendo mais comum entre pessoas de 15 a 50 anos. "O tratamento é feito com corticosteroides, com anti-inflamatórios, também são utilizados antibióticos antivirais, caso seja identificado algum vírus. Depois, para a recuperação, é indicado fazer fisioterapia para estimular os movimentos faciais e evitar a atrofia."

"Pode ser necessário tratamento psicológico, ele é indicado pelo impacto emocional que o transtorno pode acarretar. A aparência facial, muitas vezes, é um fator de muito estresse e diminuição da autoestima, o que pode levar à ansiedade e depressão", detalha Scocca. 

A maioria das pessoas se recupera totalmente dentro de três meses, mas há casos em que o rosto não volta completamente, e o dano acaba sendo definitivo, a pessoa muda um pouco a mímica facial. 

Por causar paralisação nos músculos, a condição pode trazer prejuízos aos olhos do paciente, por conta de ele não conseguir fechá-los. "É importante evitar o ressecamento da vista. Além disso, após o tratamento, também é necessário ter uma rotina de exercícios, reduzir o estresse e sempre buscar acompanhamento médico", finaliza. 

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