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QUEDA DE CABELO

Alopecia tem cura? Saiba qual o tratamento para problema de Marlene em Vai na Fé

FOTOS: REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Elisa Lucinda com expressão séria e tocando em falha no cabelo em cena como Marlene na novela Vai na Fé

Marlene (Elisa Lucinda) sofre com alopecia na novela Vai na Fé; tratamento tópico pode resolver

DÉBORA LIMA

debora@noticiasdatv.com

Publicado em 2/5/2023 - 6h35

Assim como milhares de brasileiros, Marlene (Elisa Lucinda) sofre com alopecia em Vai na Fé. A perda excessiva do cabelo retratada por meio da evangélica na novela das sete da Globo pode afetar a autoestima de mulheres e homens. As causas são diversas, desde problemas hormonais ao estresse. Já o tratamento pode incluir uso de medicamentos e até acupuntura.

"As alopecias que deixam falhas no couro cabeludo devem ter uma ajuda de um profissional médico imediatamente, para investigar as causas. Assim como quedas importantes ou diminuição do volume capilar exigem atenção médica", explica a dermatologista Maria Assunta Yamanaka Nakano ao Notícias da TV.

O profissional da dermatologia costuma fazer a primeira triagem. "Se tiver qualquer alteração de órgãos específicos, será encaminhado para outros especialistas, como endocrinologista, reumatologista, assim por diante. Seria muito interessante acompanhamento multidisciplinar, envolvendo psicólogo ou psiquiatra se o quadro emocional for importante. E acupunturiatra seria de fundamental importância para equilibrar este paciente de dentro para fora."

Tipos de alopecia

  • Eflúvio telógeno

É a queda simples de cabelo, variando de grau leve a grave e podendo ter mais de 100 fios de cabelo perdidos ao dia. As causas podem ser por alteração hormonal, tireoidiana, da suprarrenal ou de vitaminas, como diminuição do ferro. Além de infecções, outros distúrbios gerais e o estresse. "O eflúvio telógeno é universal, sendo que todos nós já tivemos algum quadro de queda de cabelo em alguma época da vida", afirma Maria.

  • Alopecia androgenética

Tem relação direta com a hereditariedade, caracterizando a calvície tanto masculina como feminina. "Pode ter componente hormonal, na qual o bloqueio do hormônio masculino ou o uso do hormônio feminino é indicado como tratamento dependendo do caso."

  • Alopecia areata

Os focos da queda estão relacionados ao aspecto imunológico, com o estresse como fator importante para o início desse processo. Pode atingir homens e mulheres igualmente, acometendo de 1 a 2% da população brasileira. "É como se fosse uma reação autoimune. O próprio corpo produz reação inflamatória, gerando queda de cabelo localizada ou generalizada. A alopecia areata pode acometer todos os pelos do corpo", explica a dermatologista.

  • Eflúvio anágeno

É a perda de cabelo intensa provocada pelos quimioterápicos. Há ainda as alopecias cicatriciais ou de tração traumática.

  • Calvície hereditária e hormonal

Tal condição afeta mais os homens. "É uma condição genética dependente do hormônio masculino. Neste caso, o próprio hormônio feminino ajuda a manter os fios na mulher", revela a médica.

Qual o tratamento para alopecia?

O tratamento pode ser realizado por meio do SUS (Sistema Único de Saúde). "Em muitos casos, é necessário o uso de medicamentos, principalmente aqueles com alteração imunológica importante [doenças autoimunes] e alterações hormonais. A maioria dos casos vai bem com tratamento tópico", afirma a dermatologista.

"A acupuntura é uma técnica que consegue melhorar tanto a parte interna como a externa. Muitas destas alterações podem ter sido geradas por estresse, mas todos eles geram estresse pelo quadro instalado de alopecia. Não há dúvidas de que o aspecto emocional destes pacientes precisa ser cuidado", ressalta a médica, que também é membro do Colégio Médico de Acupuntura do Estado de São Paulo.

A alopecia areata, com o acometimento localizado, costuma ter o quadro revertido na maioria dos casos. "A alopecia cicatricial é um tipo de perda capilar de difícil retorno, principalmente quando o bulbo é lesionado. A androgenética, dependendo do grau de acometimento, com os medicamentos recentes pode se manter o volume capilar por bastante tempo", completa Maria.

A profissional explica que, na medicina chinesa, o cabelo é cuidado pelo rim, dependendo da energia do órgão para crescer bem, ter brilho e não apresentar queda. O fígado também é importante energeticamente.

"A acupuntura tem ação sistêmica, regional e local. A ação sistêmica faz com que a picada local libere mediador químico, e este chegue ao sistema nervoso central trazendo uma ação anti-inflamatória e bem-estar com liberação de endorfinas, fazendo uma ação antiestresse. Ao mesmo tempo, quando colocamos a agulha no local da alopecia, temos uma ação imunomoduladora local, fazendo uma posterior repilação. A acupuntura equilibra as emoções."

Elisa Lucinda com falhas no cabelo

Primeira cena de Marlene com alopecia

Elisa Lucinda tem alopecia?

A atriz não sofre com a condição na vida real. Lu Moraes foi responsável pela caracterização da personagem e teve o cuidado de deixar tudo bem realista.

"A gravação foi muito mobilizante para mim. Não teve texto, era só ela na frente do espelho tirando a peruca e sentindo a dor da vergonha, da questão estética. Me senti representando milhões de mulheres que não falam da alopecia, que sentem vergonha do marido, vergonha social", afirmou Elisa em entrevista à coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo.

Na trama de Rosane Svartman, Marlene entrou em desespero quando o cachorro Pudim estragou a peruca que ela usava para esconder as falhas. Bruna (Carla Cristina Cardoso), então, a ajudou com um novo penteado e a aconselhou a buscar tratamento pelo SUS.

"Independentemente da causa, a perda de cabelo é sentida de uma maneira bastante importante, principalmente no caso das mulheres. Podemos nos colocar no lugar da pessoa com alopecia e imaginar quanto é o sofrimento desta pessoa", arremata Maria Assunta Yamanaka Nakano.


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