USO DE CELULAR
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Maristela (Cristina Mullins) e Vicente (Dennis Carvalho) em cena da novela História de Amor (1995)
De volta à Globo em uma edição especial, História de Amor (1995) fez uma crítica aos modos com que as pessoas se portavam dentro das igrejas, principalmente com o uso de celular dentro dos templos religiosos. A prática virou lei em dezembro de 2002, quando ficou proibido o uso de telefone celular e de dispositivos sonoros não só nesse espaço, mas também em teatros, cinemas, bibliotecas e outros.
No capítulo desta terça (11) da novela de Manoel Carlos, os personagens fizeram um tumulto na igreja enquanto esperavam pela cerimônia de casamento de Carlos Alberto (José Mayer) e Paula (Carolina Ferraz). O endocrinologista se atrasou para o próprio matrimônio para socorrer a filha de Helena (Regina Duarte) na rua.
O toque de um celular incomodou Maristela (Cristina Mullins), que até reclamou: "Telefone celular na igreja, que absurdo!". Vicente Gomide (Dennis Carvalho) concordou com a mulher e ainda criticou os cariocas. "Coisas de Rio de Janeiro! Em São Paulo não acontece isso", afirmou ele.
A Lei nº 14.486 foi sancionada em 9 de dezembro de 2002 em Minas Gerais. O texto original do documento inibe o uso de telefone celular em salas de aula, teatros, cinemas e igrejas. "Fica proibido o uso de telefone celular no interior das salas de aula e bibliotecas das escolas públicas e privadas, em teatros, cinemas e templos religiosos", afirma a lei.
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (AL-MG) aprovou uma proposta que modificou a Lei 14.486 em 2018 para especificar as circunstâncias e os ambientes de proibição. "É vedada a conversação em telefone celular e o uso de dispositivo sonoro do aparelho em teatros, cinemas, igrejas, salas de aula, bibliotecas e demais espaços destinados ao estudo", diz o novo texto.
História de Amor (1995) foi transmitida originalmente há 30 anos, quando os costumes brasileiros eram diferentes. O autor Manoel Carlos costuma incrementar essas críticas sociais nos textos de suas telenovelas.
Em Laços de Família (2000), por exemplo, a protagonista Helena (Vera Fischer) conhece o mocinho Edu (Reynaldo Gianecchini) após uma confusão no trânsito. Na cena, os personagens estão sem cinto de segurança e ainda falam ao telefone enquanto dirigem. As leis que regulamentam o uso de ambos foram promulgadas em 1997 e ainda eram novidade para o brasileiro na época.
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