CAMPOS NETO
RAPHAEL RIBEIRO/BCC e REPRODUÇÃO/GLOBO
Roberto Campos Neto e Luciano Huck; apresentador convidou presidente do BC para jantar
Luciano Huck ofereceu um jantar na noite de sexta (17) em homenagem ao economista Roberto Campos Neto. O executivo atualmente ocupa a presidência do Banco Central (BC), indicado por Jair Bolsonaro (PL), e vai deixar o cargo no final do ano. Ele já foi alvo de inúmeras críticas do PT e também do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O apresentador do Domingão convidou empresários, autoridades e jornalistas para o encontro, que não teve ligação com a política. Trata-se de uma conversa entre amigos. A informação foi revelada pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.
Uma das principais críticas de petistas à Campos Neto é o ritmo de cortes na taxa básica de juros, chamada de Selic. Ela é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo BC para controlar a inflação.
Lula defende taxas mais baixas para estimular o crédito, que é visto como um dos pontos críticos para estimular o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).
Em março de 2024, o presidente disse ao SBT Brasil que Campos Neto estaria contribuindo para o "atraso do crescimento econômico" do país.
"Não tem explicação os juros da Selic estarem a 11,25%. Não existe nenhuma explicação econômica, nenhuma explicação inflacionária. Não existe nada a não ser a teimosia do presidente do Banco Central em manter essa taxa de juros", declarou.
Campos Neto também foi publicamente criticado pela deputada Gleisi Hoffmann, que atualmente ocupa a presidência do PT. Ela já disse que o Brasil estava sujeito a "especuladores medíocres como o presidente bolsonarista do BC".
Lula vai indicar um novo nome para a presidência do Banco Central nos próximos meses. O favorito até o momento é o economista Gabriel Galípolo, que atualmente ocupa a diretoria de Polícia Monetária da autarquia.
A Selic está atualmente em 10,5% ao ano, vindo de uma trajetória de queda. O Copom (Comitê de Política Monetária), porém, está reduzindo o ritmo de cortes --promovendo uma redução de 0,25 p.p em vez de 0,5 p.p como havia indicado em reuniões anteriores.
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