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Memória da TV

Sucesso de Janete Clair em 1979, novela Pai Herói foi feita no improviso

Divulgação/TV Globo

Tony Ramos em cena de Pai Herói; protagonista acreditava que o pai, um bandido, era herói - Divulgação/TV Globo

Tony Ramos em cena de Pai Herói; protagonista acreditava que o pai, um bandido, era herói

THELL DE CASTRO

Publicado em 16/10/2016 - 7h38

Um dos maiores sucessos de Janete Clair (1925-1983), Pai Herói foi escrita às pressas. A novela que estrearia em janeiro de 1979 na Globo seria Os Gigantes, mas o autor Lauro César Muniz ficou doente, impossibilitado de escrever a trama. A emissora teve de recorrer à "Nossa Senhora das Oito", como Janete era conhecida, para mais uma produção no horário. A produção será reprisada pelo canal Viva a partir desta segunda.

Era a terceira vez seguida que Janete Clair atendida um pedido urgente da Globo: isso já havia acontecido com Pecado Capital (1975), para substituir a censurada Roque Santeiro, e O Astro (1977).

Mas ela não escreveu a trama do zero, apenas atualizou uma história que já estava pronta. Trata-se da radionovela Um Estranho na Terra de Ninguém, que fora ao ar em 1958 pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Inicialmente, ela nomeou a produção como André de La Mancha, depois de André Cajarana e, por fim, pouco antes da estreia, com o título definitivo.

A revista Amiga de 20 de fevereiro de 1978 abordou o tema e destacou que a 14ª novela de Janete para a Globo, apesar do título, não seria a história de um pai. "É a história de um filho, criado na ilusão de que seu pai foi um grande homem e toda a luta gerada na busca de sua verdadeira identidade", informou. "É uma novela igual às outras, feita da minha emoção", disse a novelista.

Quebra-cabeça e vilão

Outros dois fatos marcaram a exibição de Pai Herói: o primeiro deles foi o quebra-cabeças mostrado na abertura da novela, com uma criança junto com seu pai, cuja imagem está faltando. O brinquedo foi produzido e distribuído em shoppings centers das principais cidades do país. Virou febre no Dia dos Pais de 1979.

Além de Tony Ramos, Elizabeth Savalla e Glória Menezes, se destacaram na trama os vilões Bruno Baldaracci e César Reis, vividos, respectivamente, por Paulo Autran (1922-2007) e Carlos Zara (1930-2002). Ambos estreavam na Globo. Baldaracci foi além: apesar das maldades do personagem, conquistou a simpatia do público, que chegou a torcer por ele.

Pai Herói será reprisada pelo Viva a partir desta segunda (17), às 23h30 e às 13h30.


THELL DE CASTRO é jornalista, editor do site TV História e autor do livro Dicionário da Televisão Brasileira (Editora InHouse). Siga no Twitter: @thelldecastro


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