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Santoro e Alice Braga

Globo quer estrelas de Hollywood em série sobre heroína brasileira

Fotos Divulgação

Rodrigo Santoro em Westworld e Alice Braga como a protagonista da série A Rainha do Sul - Fotos Divulgação

Rodrigo Santoro em Westworld e Alice Braga como a protagonista da série A Rainha do Sul

DANIEL CASTRO

Publicado em 25/11/2016 - 5h21

A Globo está negociando com os atores brasileiros mais bem-sucedidos de Hollywood para uma minissérie que mostrará o heroísmo da brasileira Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa (1908-2011), o Anjo de Hamburgo, que salvou aproximadamente 200 famílias de judeus da prisão e da morte na Alemanha de Hitler, nos anos 1930 e 1940.

A minissérie está sendo escrita por Mário Teixeira, autor de Liberdade, Liberdade, e terá direção-geral de Jayme Monjardim, que filmou Olga (2004), sobre Olga Benário Prestes, morta em 1942 em um campo de extermínio nazista. A exibição está prevista para 2018.

Protagonista da série norte-americana A Rainha do Sul, Alice Braga está cotada para viver Aracy. A Globo tenta conciliar as agendas de Alice e de Rodrigo Santoro para planejar as gravações da minissérie no ano que vem. Os atores já leram o material de apresentação da obra e ficaram entusiasmados.

Alice tem contrato de cinco anos com o canal USA Network, responsável por A Rainha do Sul, mas isso não a impede de fazer outros trabalhos. Ela foi muito elogiada pela crítica norte-americana por sua atuação na série, cuja segunda temporada já está confirmada. O jornal The New York Times a chamou de "perfeita".

Aracy Guimarães Rosa em imagem da juventude

Rodrigo Santoro, que atuou na primeira fase de Velho Chico, integra o elenco de Westworld, série da HBO, na qual interpreta um robô pistoleiro. Assim como Alice, tem compromissos com o cinema norte-americano.

Aracy foi casada com o escritor João Guimarães Rosa (1908-1967), que dedicou a ela o clássico Grande Sertão: Veredas, lançado em 1956. Era católica praticante, filha de pai português e mãe alemã. Poliglota, conseguiu emprego de secretária do consulado brasileiro em Hamburgo. Lá, conseguia vistos para judeus perseguidos pelo nazismo migrarem para o Brasil e os ajudava a sair da Alemanha, às vezes usando seu próprio carro.

Fazia isso clandestinamente e sob alto risco. Na época, final dos anos 1930, vigorava uma circular do governo brasileiro que recomendava o veto à entrada de judeus no país.

Foi graças à ação humanitária que Aracy se aproximou de Guimarães Rosa, que foi cônsul-adjunto em Hamburgo. Seu heroísmo foi reconhecido pela comunidade judaica, que a homenageou em 1982. Seu nome está registrado no memorial das vítimas do Holocausto, em Israel, e no Museu do Holocausto de Washington.


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