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Estreia hoje

Brasileira realiza sonho e vira desenhista de As Meninas Superpoderosas

Reprodução/Canal Brasil

A animadora Letícia Abreu em entrevista ao programa Banana da Terra, do Canal Brasil - Reprodução/Canal Brasil

A animadora Letícia Abreu em entrevista ao programa Banana da Terra, do Canal Brasil

GABRIEL PERLINE

Publicado em 4/4/2016 - 5h18

A mineira Letícia Abreu tinha apenas 14 anos quando As Meninas Superpoderosas estreou na TV, em 1998. Embora o desenho tivesse maior apelo entre as crianças, ela logo se identificou com as personagens e passou a desenhá-las em seus cadernos. Hoje, aos 32 anos, ela realiza o sonho da adolescência e integra a equipe de criação da nova temporada da animação, que tem estreia mundial nesta segunda-feira (4) no Cartoon Network.

Serão 40 novos episódios após um hiato de 11 anos, com traços mais suaves, elementos mais modernos e novas características integradas aos poderes das personagens. A brasileira é uma das responsáveis pelo storyboard da animação.

"Minha função é pegar o roteiro, em texto, e transformá-lo em desenho. A partir do script, tenho que criar toda a situação da história, incluindo as personagens e suas reações e movimentos, os cenários e todos os detalhes que compõem o enredo. É um processo muito trabalhoso, mas também muito prazeroso", diz Letícia.

O tempo médio de duração dos episódios da nova temporada de As Meninas Superpoderosas é de 11 minutos. Mas antes de chegar à TV, cada episódio precisou de aproximadamente seis semanas para ficar pronto.

"A premissa do episódio chega sempre na segunda-feira e eu tenho uma semana para fazer todo o desenho, que passa por uma avaliação detalhada e retorna para mim com todas as indicações de ajustes, que precisam ser feitos em até uma semana. Na sequência, o material é enviado para a equipe de animação, que tem entre três e quatro semanas para reproduzir nossos desenhos no computador e finalizar o episódio", explica.

Divulgação/Cartoon network

Novos episódios de As Meninas Superpoderosas estreiam hoje no mundo todo

Trabalho na gringa

Letícia vive nos Estados Unidos há dez anos, desde que concluiu os estudos na faculdade de Cinema e Animação na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mas demorou até conseguir trabalhar com animação.

Seu primeiro emprego foi como webdesigner em uma agência do Texas, que tinha muitos artistas da música country, além de cantores do naipe de Beyoncé, Chris Brown e Akon. "Eu estava desanimada, porque tinha vindo para os Estados Unidos para trabalhar com animação, e não era isso que estava acontecendo comigo", lembra.

Fez cursos de especialização com profissionais renomados da indústria americana, até conseguir seu primeiro emprego, em 2011, em uma produtora de Nova York para trabalhar na criação de uma série para a TV coreana.

A partir desse, surgiram alguns trabalhos temporários e o contrato com a DreamWorks, em 2013, onde desenvolveu a série animada do Gato de Botas. "Comecei a fazer alguns frilas (trabalho sem vínculo empregatício) para o Cartoon Network até ser contratada para ficar fixa na equipe de As Meninas Superpoderosas. É a realização de um sonho de infância", admite.

divulgação/cartoon network

Lindinha, Florzinha e Docinho ganharam traços mais suaves na nova leva de episódios

Novos episódios

Florzinha, Lindinha e Docinho voltam mais poderosas e mais modernas após os 11 anos afastadas da TV. Na nova safra de As Meninas Superpoderosas, a essência da história é a mesma dos anos 1990, mas alguns detalhes importantes foram revistos e repaginados, para que a animação pudesse se adequar aos tempos atuais.

O telefone fixo em que as garotas recebiam os chamados para salvar Townsville foi trocado por um aparelho celular. Os traços do desenho estão mais suaves, as cores mais equilibradas e o roteiro mais contemporâneo (as personagens chegam a fazer uma batalha de rap logo no primeiro episódio).

Além disso, os poderes serão manifestados de acordo com a personalidade de cada personagem. Florzinha, por ser organizada, terá uma áurea com contornos de objetos de escritório, como grampeador ou fita adesiva. Apegada aos animais, a força de Lindinha será manifestada através de um plasma de um animal, enquanto a bravura de Docinho será representada por contornos de armas de destruição de massa, como tanques de guerra ou bombas.

"A estética mudou, os traços estão mais modernos e o ritmo das histórias está mais dinâmico. Tudo isso foi feito para atender à nova geração de crianças", explica Daniela Vieira, diretora de conteúdo do Cartoon Network.


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