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Sob Pressão

Marjorie Estiano fica debilitada ao gravar tragédia em ônibus: 'Meu corpo doía'

Mauricio Fidalgo/TV Globo

Marjorie Estiano e Julio Andrade em cena de acidente de ônibus da segunda temporada de Sob Pressão - Mauricio Fidalgo/TV Globo

Marjorie Estiano e Julio Andrade em cena de acidente de ônibus da segunda temporada de Sob Pressão

FERNANDA LOPES, no Rio de Janeiro

Publicado em 4/10/2018 - 4h58

A nova temporada de Sob Pressão estreia na próxima terça (9) com casos ainda mais pesados, crítica social incisiva e cenas externas superproduzidas que exigiram o máximo dos atores. Marjorie Estiano, por exemplo, enfrentou um grande desafio. Sua personagem, a médica Carolina, se envolve em um acidente de ônibus, e a atriz teve que trabalhar ao longo de três dias em condições que lhe deixaram debilitada.

"Dentro do ônibus tinha ferragens, sangue, água, muita gente. Se torna uma coisa amorfa, é tudo um metal retorcido. Tô ansiosa pra ver, esse episódio é um ambiente de guerra fora do hospital, de caos absoluto, uma tragédia. Depois que terminei esses três dias de filmagem dentro do ônibus, meu corpo inteiro doía muito, parecia que tinha sido atropelada", conta.

"As externas são sempre mais complicadas, e um episódio desse que tem tantos elementos de efeitos especiais, ônibus que explode, capota… Foi feito a conta gotas. Estar dentro do acidente é muito mais desgastante do que estar no hospital, um lugar mais confortável, onde não tá presente a coisa de você não conseguir ficar de pé, por exemplo", complementa a atriz. 

O episódio a que Marjorie se refere é um dos destaques da segunda temporada de Sob Pressão. No total, 220 profissionais trabalharam nas sequências, que utilizaram dois ônibus, dois guindastes e uma escavadeira. Na trama, o veículo capota, despenca de um viaduto e explode após uma tentativa de assalto.

Além dos efeitos, as equipes de criação, redação e direção continuam investindo no que fez de Sob Pressão a série-sensação da Globo em 2017, com ótimos registros de audiência: os dramas pessoais dos médicos e as críticas sociais retratadas nos casos que eles atendem no hospital público precário.

Os protagonistas, Carolina (Marjorie) e Evandro (Julio Andrade), agora estão casados e apoiando um ao outro nos perrengues de trabalho. Mas, em suas vidas íntimas, continuam os conflitos. A personagem de Marjorie Estiano não superou o passado de abuso sexual que sofreu do pai e ainda tem impulsos de automutilação.

A atriz tem momentos muito intensos de drama psicológico e admite: "Não saio bem da cena, não. Às vezes saio pior, mas fui descobrindo recursos para conseguir me livrar um pouco dessa carga e estar pronta para o dia seguinte". 

"Todo esse universo da saúde tem me lapidado muito com cidadã. O Sob Pressão é um privilégio pra mim, vejo uma oportunidade imensa de me aproximar de um lugar mais generoso sobre o outro. Vejo o reflexo que Carolina tem no telespectador e isso me inspira muito, de perceber como posso ser útil", comenta a atriz.

Cada episódio também mostrará os médicos-heróis do hospital cuidando de dois ou três casos de pacientes que chegam já com seus dramas instaurados _ou com "a cagada feita", como diz o diretor Andrucha Waddington. 

Dessas emergências saem temas polêmicos, como dogmas religiosos e preconceito contra transexuais. A equipe da série acredita que proporciona uma reflexão sobre a realidade brasileira.

"Muitas vezes a gente está copiando a realidade e outras vezes a gente coloca na série um tema, abre o jornal dois dias depois e está lá [algo similar]. São histórias muito reais e de questões muito pertinentes. O hospital não tem classe social, todo mundo é tratado igual e as problemáticas mais variadas entram ali junto. Isso é uma possibilidade de discutir questões diferentes, e é um privilégio fazer essa série e trazer todos esses assutos pra sociedade", afirma o diretor.

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