Em crise inédita, Marvel quebra fórmula de sucesso bilionário para se reinventar

A Marvel construiu um verdadeiro império do entretenimento desde o lançamento de Homem de Ferro (2008). De lá para cá, já foram lançados 32 filmes (o próximo, As Marvels, chega na próxima semana), que arrecadaram US$ 29 bilhões (R$ 142 bilhões) apenas nos cinemas. O desempenho dos capítulos mais recentes, porém, deixou a desejar, forçando a empresa a quebrar a própria fórmula para tentar se reinventar e trazer o público de volta.

Próxima série live-action da companhia, Eco será lançada em 10 de janeiro com várias novidades. A maior delas é sua independência em relação ao resto do chamado MCU (Universo Cinematográfico da Marvel), o fio que amarra todas as produções da editora.

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A atração que conta a história de Maya (Alaqua Cox) inaugurará o selo Marvel Spotlight, com histórias antológicas --ou seja, que funcionam de maneira independente. O chefe de streaming da empresa, Brad Winderbaum, definiu a novidade de maneira bastante clara:

Assim como os fãs de quadrinhos não precisavam ler as revistas dos Vingadores ou do Quarteto Fantástico para poder se divertir com uma história do Motoqueiro Fantasma no Spotlight, nosso público não precisará ter visto as outras séries da Marvel para entender o que está acontecendo com Maya.

"Marvel Spotlight nos traz uma plataforma para apresentar histórias mais pé no chão e focadas nos personagens para a tela. E, no caso da Eco, podemos focar em ameaças de rua em vez da continuidade enorme do MCU", disse.

A proposta do selo Spotlight, então, é atrair aquele público que desistiu de acompanhar dezenas de filmes, séries e especiais para tentar entender o que está acontecendo na história que deseja assistir. Uma reclamação frequente dos fãs era de que, mesmo vendo todas as produções, ainda faltava uma recompensa como a entregue em Vingadores: Ultimato (2019).

Mesmo assim, já surgem dúvidas sobre como a novidade vai funcionar, já que Eco, personagem que marca a estreia do Spotlight, surgiu em Gavião Arqueiro (2021). A série também contará com a participação do Demolidor (Charlie Cox), que já apareceu em Mulher-Hulk: Defensora de Heróis (2022), deu as caras em Homem-Aranha: Sem Volta para Casa (2021) e ganhará uma atração própria. Ou seja: a trama antológica não será tão independente assim.