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CONTRA PRIVATIZAÇÃO

Vai ter greve do Metrô e CPTM? Saiba como transporte público ficará na terça

DIVULGAÇÃO/SINDICATO DOS METROVIÁRIOS

Funcionários seguram faixa contra a privatização

Manifestação contra a privatização, a terceirização e demissões na estação Barra Funda do Metrô

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 1/10/2023 - 12h57

O Sindicato dos Metroviários anunciou uma greve geral a partir da meia-noite de terça-feira (3). Os funcionários do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) decidiram convocar a paralisação em protesto contra o projeto de privatização de Tarcísio de Freitas (Republicanos), atual governador de São Paulo.

As três categorias realizarão uma assembleia conjunta na segunda (2) para uma votação simbólica, às 18h30, na Quadra dos Bancários, localizada na Sé --região central da capital paulista. Os sindicalistas consideram que não há chance de a greve ser cancelada.

A paralisação deve afetar as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô. O sindicato dos funcionários da CPTM afirmou que todas as linhas administradas pelo serviço público ficarão paradas.

Apenas as linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda devem operar normalmente na terça-feira, já que são administradas por empresas concessionárias do grupo CCR. Entretanto, os 170 funcionários da CPTM que trabalham nas bilheterias serão convocados pelo sindicato a aderir à paralisação.

Presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, falou sobre a greve numa entrevista coletiva na última quinta-feira (28). "Essa deve ser a primeira de muitas mobilizações", afirmou ela.

As lideranças dos sindicatos explicaram que a única hipótese de a paralisação ser cancelada seria a revogação dos planos de privatização. Camila sugeriu que as catracas sejam liberadas no dia para não prejudicar a população.

"A gente se propõe a trabalhar com as catracas abertas. Se o governador topar o desafio, a gente se propõe a trabalhar com as catracas abertas para não prejudicar o trânsito da população. Mas ele não pode mentir, como ele fez em março. Na época, ele topou, nós estávamos prontos para trabalhar com catraca livre, mas ele recuou", disparou a sindicalista.

Já o sindicato dos funcionários da Sabesp esclareceu que o fornecimento de água não será interrompido. Emergências, como problemas de abastecimento em hospitais, serão atendidas.

Uma nova assembleia será realizada, às 18h de terça (3), para avaliar a continuidade do movimento. "Se não cancelar os editais de pregões das terceirizações no Metrô, debateremos a continuidade de nossa luta para impedir essa manobra do governo, que visa precarizar nossos serviços para entregar o Metrô para a privatização", diz comunicado disponível no site do Sindicato dos Metroviários.

Em agosto, os sindicatos já haviam organizado uma greve pelo mesmo motivo. Mas a paralisação acabou suspensa após assembleia.

Justiça emite liminar sobre greve

O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região concedeu uma liminar ao Governo de São Paulo na sexta (29) e determinou que os metroviários mantenham 100% da operação nos horários de pico.

O desembargador Celso Ricardo Peel Furtado de Oliveira exigiu que a circulação da frota aconteça de forma integral das 6h às 9h e das 16h às 19h --com 80% nos demais períodos. A multa para o descumprimento da liminar é de R$ 500 mil.

Na quinta-feira (28), o TRT-2 já havia imposto limites às paralisações anunciadas por sindicatos de funcionários da CPTM e da Sabesp.

A determinação para os ferroviários é a mesma imposta aos funcionários do Metrô. No caso da Sabesp, foi determinada a manutenção de 85% do efetivo de trabalhadores vinculados aos setores responsáveis pela prestação dos serviços essenciais de saneamento básico, tratamento e abastecimento de água e esgoto. A multa diária é de R$ 100 mil para cada entidade sindical que representa os obreiros.

O Sindicato dos Metroviários rebateu a determinação: "Convocamos toda categoria que não assuma o Plano de Contingência, pois esse visa impedir a greve e enfiar 'goela a baixo' a privatização, que piora o serviço público à população e gera desemprego".

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