Menu
Pesquisar

Buscar

Facebook
X
Instagram
Youtube
TikTok

LUTO

Comentarista de política da GloboNews, Cristiana Lôbo morre aos 64 anos

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

A jornalista Cristiana Lôbo, comentarista de política, em participação no telejornal Hora 1 em fevereiro de 2019, na Globo

Cristiana Lôbo em participação no Hora 1; jornalista morreu vítima de um mieloma múltiplo

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 11/11/2021 - 10h17
Atualizado em 11/11/2021 - 11h20

Com mais de 30 anos de carreira, a jornalista Cristiana Lôbo morreu aos 64 anos na manhã desta quinta-feira (11). A comentarista de política da GloboNews estava internada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e tratava um mieloma múltiplo. A doença foi agravada por uma pneumonia contraída nos últimos dias.

A notícia da morte foi dada ao vivo por Leilane Neubarth no canal de notícias do Grupo Globo. "Morreu em São Paulo nossa querida colega, amiga, comentarista de política da GloboNews, a jornalista Cristiana Lôbo", informou a comunicadora, bastante emocionada.

"A causa da morte foi um mieloma múltiplo. Cristiana vinha tratando isso já há alguns anos. Nesse fim de semana, ela foi internada com pneumonia e acabou não resistindo", continuou a apresentadora. A comentarista política estava afastada do trabalho por conta do tratamento.

O mieloma múltiplo é o câncer de um tipo de células da medula óssea chamadas de plasmócitos e responsáveis pela produção de anticorpos que combatem vírus e bactérias. Na doença, os plasmócitos são anormais e se multiplicam rapidamente, o que compromete a produção das outras células do sangue.

Confira o momento do anúncio da morte:

Vida e carreira

Cristiana dos Santos Mendes Lôbo nasceu em Goiânia, em 1957, e se formou em Jornalismo na Universidade Federal de Goiás. Começou a carreira no jornalismo impresso cobrindo política no Estado, até se mudar para Brasília.

Ela foi contratada pelo jornal O Globo em 1979 como setorista do ministério da Saúde, época na qual acompanhou a criação da carteira de vacinação. Depois, passou a cobrir as decisões do ministério da Educação.

Em 1984, ela cobriu as primeiras eleições diretas no país. "Foi ali que aprendi que você tem de trabalhar de manhã até a noite. E nunca larguei disso", contou em depoimento ao site Memória Globo.

Na capital do país, a repórter também cobriu o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional. Ainda no impresso, trabalhou na coluna Panorama Político e na Coluna do Swann --quando se especializou em notas curtas.

Após 13 anos no O Globo, passou a comandar a coluna política do jornal o Estado de S. Paulo, no qual ficou até 1998.

Em março de 1997, Cristiana fez sua estreia na TV na GloboNews e passou a integrar o time de comentaristas do Jornal das Dez. Ela era responsável por analisar os principais fatos da política e os bastidores do poder. Constantemente também marcou presença nos outros telejornais do canal.

Em 2016, Cristiana também foi uma das convidadas por Jô Soares para debater política no quadro Meninas do Jô. A jornalista ainda apresentou o programa Fatos e Versões, participou do Hora 1 e comandou a coluna os Bastidores da Política, no site G1.

Durante a carreira, cobriu os governos João Figueiredo (1918-1999), José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco (1930-2011), Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Roussef, Michel Temer e Jair Bolsonaro.

Cristiana deixa o marido, Murilo, os filhos, Bárbara Mendes Lôbo e Gustavo Mendes Lôbo, e dois netos, Antônio e Miguel.

Homenagens

Colegas de trabalho, políticos e famosos fizeram publicações nas redes sociais lamentando a morte da comunicadora. "Cristiana Lôbo simplesmente criou a cobertura política ao vivo, em cima dos fatos, com bastidores e informações exclusivas. Um divisor de águas. Formou uma geração de jornalistas. Quanta tristeza. Perdi uma amiga generosa. Fica uma saudade infinita", afirmou Gerson Camarotti no Twitter.

"Cris era uma profissional ímpar. Eu comecei a trabalhar com ela em 1991, em Brasília, quando dirigi a sucursal do Globo. Nesses 30 anos, Cris sempre se mostrou uma profissional exemplar, correta, zelosa, ansiosa pela notícia em primeira mão. Pude sempre reconhecer nela um ser humano doce, gentil, amigo das pessoas. O jornalismo perde um talento enorme. Pelos depoimentos que ouvi, porém, a generosidade dela ajudou a deixar incontáveis discípulas e discípulos. É um grande legado", declarou Ali Kamel, diretor de Jornalismo da Globo, em comunicado enviado à imprensa.

"Meus sentimentos para a família e amigos. Foi uma honra dividir a tela por dezenas de vezes com essa craque do jornalismo político. Deixará saudades", disse Guga Chacra.

"O jornalismo brasileiro perdeu uma grande profissional, e eu uma amiga de muitos anos. Que Deus possa confortar a família de Cristiana Lôbo e seus colegas", escreveu Ciro Gomes.

"Nesse dia pesaroso gostaria expressar minha solidariedade à família e desejar que Deus receba a jornalista Cristiana Lôbo. Tive o privilégio de conviver com essa competente profissional durante anos no Congresso. O jornalismo perde uma grande referência e também está de luto", lamentou o senador Renan Calheiros.

"Cristiana Lôbo era, é, uma grande figura do nosso jornalismo. Doce, mas incisiva, forte e muito elegante. Objetiva e consistente.Leve sem nunca perder a consistência. Uma democrata, uma grande mulher. Toda a solidariedade à família e aos muitos amigos. Viva Cristiana Lobo!", afirmou Marcelo Lins.

"Cristiana Lôbo nos deixou. Uma tristeza imensa. Foi uma lutadora. A primeira e grande estrela da GloboNews, superjornalista, querida pelos colegas, respeitada pelas fontes. Ótima mãe e avó, teve um lindo casamento com o Murilo. Uma vida completa", escreveu a jornalista Eliane Cantanhêde.

William Bonner publicou uma foto em preto e branco da jornalista. Na TV, Ana Maria Braga lamentou a perda no final do Mais Você. Patrícia Poeta, Manoel Soares e Marcelo Serrado também comentaram sobre a morte no Encontro.

Veja as postagens:

Mais lidas


Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.