Irritada com a Band, CBF negocia Série B de 2014 com a Rede TV!

[Texto publicado originalmente às 17h38]

A Rede TV! conseguiu o apoio da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para negociar com a Globo a transmissão da Série B do Campeonato Brasileiro de 2014, que hoje teria Vasco, Ponte Preta, Criciúma e Náutico. 

Para o acordo Rede TV!/CBF virar contrato, no entanto, ainda falta o aval da Globo, detentora dos direitos de transmissão. A CBF se comprometeu com a Rede TV! a tentar convencer a Globo a fazer o negócio, uma vez que a Band não quer mais exibir a Segundona. Ontem (5), o presidente da entidade, José Maria Marin, almoçou com três diretores da Rede TV! para tratar de detalhes do acordo. O encontro foi intermediado pelo jornalista Fausto Camunho, amigo de Marin.

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A Rede TV! ganhou força porque a relação entre CBF e Band está estremecida desde junho, quando o comentarista Neto, no programa Os Donos da Bola, xingou a Seleção Brasileira às vésperas da Copa das Confederações.

Irritada, a entidade divulgou uma nota repudiando as declarações do ex-jogador, afirmando que ele "extrapolou todos os parâmetros do bom senso e da educação". No dia seguinte, Neto se desculpou no ar.

Alegando falta de espaço em sua programação, por causa da Copa do Mundo, a Band já avisou a Globo que não irá transmitir em 2014 a Série B nem a Copa do Brasil.

A Rede TV! também tem interesse na Copa do Brasil. Mas a Globo prefere a Band, e ainda tenta salvar um acordo para 2014. A Rede TV! está chamuscada na Globo porque em 2011 tentou comprar a Série A. Em represália, a Globo tirou a Série B dela.

Na Rede TV!, a ideia é aumentar o espaço na grade para o esporte, incluindo contratações. O locutor esportivo Luciano do Valle, atualmente na Band, é um dos nomes que interessam à direção da emissora.

O principal desafio da Rede TV! após eventualmente conseguir a Série B será atrair patrocinadores. A emissora está com a imagem desgastada no mercado pela baixa audiência (não passa de um ponto, em média, na Grande SP), além das demissões e atrasos de salários.

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