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Análise

Cem por cento ao vivo, Rio 2016 dá tratamento VIP a esportes exóticos

Jonne Roriz/COB

O brasileiro Pedro Gonçalves, o Pepê, em prova de canoagem nos Jogos do Rio de Janeiro - Jonne Roriz/COB

O brasileiro Pedro Gonçalves, o Pepê, em prova de canoagem nos Jogos do Rio de Janeiro

DANIEL CASTRO

Publicado em 11/8/2016 - 6h21

A novidade da Rio 2016 na TV não é nenhum truque tecnológico, mas um recurso disponível desde a inauguração do veículo: a TV ao vivo. É a primeira olimpíada 100% em tempo real na televisão ou na internet brasileiras. No transporte coletivo, é possível assistir às transmissões da Band e da Globo, no celular e de graça. No sofá, as opções são hipnotizantes. Em 22 canais por assinatura, pode-se acompanhar torneios inteiros de esportes exóticos. É o caso da (futurista) esgrima, do hóquei sobre grama (verde), do tiro esportivo e da canoagem slalom.

Esses esportes, que nunca tiveram espaço nem nos canais do gênero, ganharam um tratamento VIP inédito, com direito a horas de exibição ao vivo, narrador, comentarista e repórter de campo.

Em sua maior transmissão de um grande evento, o SporTV, do Grupo Globo, se desmembrou em 16 canais na TV por assinatura em em outros 40 na internet. Assim, é possível acompanhar uma disputa em tese sem interesse para o público brasileiro, como o basquete feminino de França e Sérvia. O fã mais obcecado por determinado esporte não perde nada. O que não está no SporTV "especializado" em tênis, por exemplo, está na internet. Desde o último final de semana, o canal só deixa de transmitir ou falar de olimpíada quando é obrigado, por contrato, a exibir jogos do Campeonato Brasileiro.

Os primeiros números do Ibope sugerem que tanta oferta não está sendo em vão. Mais de 24 milhões de pessoas, em um universo de pouco mais de 60 milhões, sintonizaram os canais SporTV nos quatro primeiros dias de competições. O aplicativo lançado exclusivamente para a Rio 2016 já superou a marca de 2 milhões de horas de consumo ao vivo online. 

A Globo tem registrado aumento de audiência em todas as suas transmissões olímpicas. No Rio de Janeiro, chegou a dobrar o público habitual com Brasil x Canadá, no vôlei masculino, no final da noite de terça. Em São Paulo, viu sua audiência crescer oito pontos, ou 48%, com o futebol feminino de Brasil e África do Sul, mesmo com a seleção nacional já classificada, jogando desfalcada.

Com uma "overdose" de conteúdo, a Rio 2016 criou temporariamente um novo telespectador, o "teleolímpico", aquele que passa todo o tempo possível vendo esportes, dos mais tradicionais aos exóticos, pulando de um canal para o outro. Pena (ou felizmente) que acaba daqui a dez dias.


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