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'ESCRAVO DO TRABALHO'

Bacci admite mágoa da Record e alega que não precisa mais da TV para sobreviver

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

Luiz Bacci olha para cima e abre a boca em hesitação no cenário do Programa Flávio Ricco

Luiz Bacci falou que já foi "escravo do trabalho", mas agora quer ter controle da própria vida

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 3/6/2025 - 20h49

Luiz Bacci passou os últimos dez anos como contratado da Record e guarda boas recordações da emissora de Edir Macedo, mas admitiu que a maneira como o contrato foi encerrado deixou mágoas. "Término de casamento nunca é sossegado", explicou o apresentador, que ainda apontou que não precisa mais do salário da televisão para sobreviver depois de anos como "escravo do trabalho".

O âncora do Alô, Você, do SBT, foi o convidado do Programa Flávio Ricco, da LeoDias TV, nesta terça-feira (3), e falou abertamente sobre sua saída da Record no início do ano. "Não ficou [bronca]. Mas término de casamento nunca é sossegado. Eu não vou falar pra você que é sossegado, que foi tudo ótimo, tudo maravilhoso, porque não foi. E nunca é. Nenhuma separação não é traumática", apontou ele.

"A minha saída em 2010 do SBT também não foi tranquila, teve uma multa que eu paguei, a minha saída da Band [em 2015]... Não existe uma saída que são só flores, fica mágoa por causa de percalços que ficaram pelo caminho, como em toda relação", contemporizou o apresentador.

Ele explicou que a boa relação com a antiga emissora começou a desandar em março do ano passado, quando chegou a hora de renovar o contrato. Segundo Bacci, a Record desejava um novo vínculo de quatro anos, mas ele queria uma duração menor, de um ano apenas. 

"Eu fui muito sincero. Eu trabalhei muito para hoje ter o total controle e autonomia da minha vida. Porque se eu quisesse sair por mudança de vida, se eu não tivesse mais satisfeito com algo, eu sairia. Hoje, eu preciso estar feliz. Se eu não estiver feliz no local em que estou trabalhando, eu vou embora. Não faço mais cerimônia", explicou ele.

Ele confessou que nem sempre encarou a vida desse jeito. "Eu trabalhei a vida inteira pensando: 'O que será que vão pensar de mim? Será que o diretor vai me julgar, vai me deixar viajar?'. Eu sempre fui um escravo do meu trabalho. Não porque a emissora exigia, mas porque eu sou extremamente disciplinado com meu trabalho. Eu trato aquilo com muito zelo, com muito carinho e tenho um respeito absurdo pelo palco onde piso, pela bancada onde me sento."

"Eu sou da disciplina da televisão da década de 1990. Então, eu trabalhei para financeiramente tomar agora as decisões da minha vida, eu não dependo mais de televisão para sobreviver. Claro, eu preciso ganhar dinheiro porque ninguém vai dispor de tempo assim sem ganhar absolutamente nada, mas o meu grande negócio hoje não é mais a televisão", ressaltou.

Se fosse por dinheiro, eu teria ficado na Record, era um salário astronômico na Record. E, diferentemente do que disseram, nunca nesse meu tempo todo de carreira me foi pedido para reduzir meu salário. Nunca! Pelo contrário, era aumento atrás de aumento. Ano passado foi um aumento vertiginoso. Você nunca vai ouvir uma reclamação sobre dinheiro em relação à Record.

Bacci apontou que decidiu priorizar a qualidade de vida porque o pai morreu de problemas cardíacos aos 49 anos, e ele já completou 41. "Eu prezo muito pela minha saúde, pela minha qualidade de vida, você não vai ver mais o Bacci como escravo do trabalho. Sou apaixonado pelo meu trabalho, sou aficionado por televisão, é minha paixão, é meu xodó", destacou.

Segundo o apresentador, ele chegou a procurar a direção da Record em outubro do ano passado para discutir o contrato, que chegaria ao fim em março de 2025. Não teve nenhum retorno. "Quando chega dezembro, eu apresento o programa, me fizeram trabalhar no dia 24, no dia 25, tive que abrir mão de passar mais uma vez as festas com a minha família. E minha mãe tinha acabado de operar de um câncer, tirou um pulmão inteiro... Mesmo com ela na UTI, eu saía da UTI só para apresentar o programa, então eu sempre fui muito dedicado."

No início de janeiro, veio o anúncio de que o contrato seria rescindido. Ele não se frustrou tanto com a decisão, mas com a maneira como ela foi tomada. "Me privar de passar as festas com a minha mãe para depois de uma semana rescindir o contrato, algo que já estava decidido? Aí eu falei: 'Não é correto, não é digno com um profissional'. Para que rescindir dois meses antes um contrato? Ficou essa mágoa por isso", disse ele.

"Eu acho que eu poderia ter me despedido no ar, com respeito. Na Band, eu apresentei normalmente. Não sei o porquê de fazer isso. É o tipo de relação que não é a Record que eu estava acostumado a trabalhar", cravou.


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