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Séries da Globo

'Assassino do ano', Jesuita Barbosa quer se livrar dos 'tresloucados'

Estevam Avellar/TV Globo

Jesuíta Barbosa interpreta o assassino Davi em Nada Será Como Antes, da Globo - Estevam Avellar/TV Globo

Jesuíta Barbosa interpreta o assassino Davi em Nada Será Como Antes, da Globo

REDAÇÃO

Publicado em 13/12/2016 - 5h41
Atualizado em 14/12/2016 - 1h00

Os personagens de Jesuita Barbosa foram cruéis e impiedosos com as mulheres neste ano. O ator de 25 anos fez dois trabalhos com homicídios marcantes na TV. No primeiro, em Justiça, interpretou Vicente, rapaz que se descontrola e assassina sua noiva Isabela (Marina Ruy Barbosa). Ontem (13), em Nada Será Como Antes, seu personagem, Davi, dará um fim trágico a Beatriz (Bruna Marquezine) depois de descobrir que ela desistirá de se casar com ele.

Carregado com a energia negativa desses papéis "tresloucados", como ele mesmo os caracteriza, o ator gostaria de ter personagens mais leves em trabalhos futuros. "Eu gosto muito de fazer [trabalhos como esses], mas acho que de vez em quando cansa. Fiz tanto personagem maluco que às vezes fico querendo fazer algo mais tranquilo (risos)", confessa.

Para se preparar para interpretações tão pesadas, ele se dedica muito a trabalhos relacionados a seu próprio bem estar físico. "Faço exercícios de bioenergética e acho que acabo entrando em um nível de energia muito acelerado, talvez por isso chame a atenção de quem me convida para esse tipo de papel. São personagens importantes, acho que tem tanta gente louca no universo que é importante fazer girar essa cadeia humana", afirma.

Com dois crimes brutais, Jesuita Barbosa termina 2016 como o "assassino do ano" na TV. Seus personagens os cometeram com as próprias mãos, sem contratar capangas para o serviço sujo _como fizeram o Coronel Afrânio (Antonio Fagundes) de Velho Chico e Tião Bezerra (José Mayer) de A Lei do Amor, seus concorrentes no crime.

Estevam Avellar/TV Globo

Bruna Marquezine e Jesuita Barbosa, que fazem par romântico em Nada Será Como Antes

Nada Será Como Antes
A cena mais marcante de Davi foi ao ar no episódio de ontem de Nada Será Como Antes. O músico ficou decepcionado ao descobrir que Beatriz não pretende mais se casar com ele. Davi discutiu com a atriz, acusando-a de roubar sua paz e sua alma.

Quando ela chegou em casa, o músico estaava à sua espera. Sem deixar que Beatriz se explicasse, o assassino deu um tiro na barriga dela, que caiu no chão, morta.

"Essa cena foi muito especial, era um descarrego. O personagem vem acumulando energia durante toda a história. Ele é preso, depois se apaixona, tenta sair da loucura por essa menina mas ainda assim não consegue", diz Barbosa.

Ele acredita que o choque que o público terá poderá servir para uma reflexão a respeito de casos de paixões desmedidas como essa.

"O caminho que aconteceu para o Davi foi o da morte, o da tragédia. Na ficção a gente pode trabalhar isso muito bem para criar um caminho diferente na realidade, propor algo diferente na sociedade que a gente vive hoje", opina.

Ellen Soares/Gshow

Jesuita Barbosa na pele do personagem Vicente, que assassinou a noiva na trama de Justiça

Próximos passos
Barbosa só fez duas novelas na Globo: uma participação como a versão jovem de Domingos Montagner em Sete Vidas (2015) e um dos suspeitos de ter matado Bruno (Daniel de Oliveira) em O Rebu (2014). Sua trajetória na TV, iniciada na minissérie Amores Roubados (2014) é permeada por papéis conflituosos.

Neste ano, Barbosa conta que gravou Nada Será Como Antes cerca de quatro meses antes de Justiça, e as semelhanças entre os dois trabalhos são mera coincidência.

"Eu não queria que isso virasse uma questão, de só fazer esse tipo de personagem. Acho que foi uma importante coincidência para que eu mesmo consiga refletir, estudar e defender mais o feminino. Calhou bem para mim", explica. 

O ator, que faz personagens femininas no teatro, planeja continuar a discutir a problemática do machismo ao longo de sua carreira.

"É um preconceito constante, eu cresci numa sociedade machista, percebo na minha família, é intrínseco. Acho que, quando é proposto numa obra televisionada desse tipo, muita gente vai assistir e o mais importante é gerar discussão. Talvez seja esse o caminho: com o merecido respeito, trazer a figura feminina como centro de poder. Acho que é por aí que a gente vai crescer", conclui.

Para 2017, Barbosa tem dois trabalhos programados para serem lançados: os filmes Malasarte e o Duelo com a Morte e O Grande Circo Místico. 


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