Apagão na Europa afeta até a Globo, e repórteres ficam incomunicáveis

Um apagão surpreendeu a Espanha, Portugal e partes da França nesta segunda-feira (28) e afetou até os correspondentes da Globo. Sem comunicação, jornalistas localizados nesses países não conseguiram entrar ao vivo para explicar a situação. No Jornal Hoje, Rodrigo Carvalho, que está em Londres, precisou assumir o plantão de informações.

"Sei que vocês esperavam minha entrada ao vivo de Lisboa com meu amigo Leonardo Monteiro, correspondente de Portugal, ou de Madri, com a Julia Guimarães, mas sou eu aqui passando as informações, porque os dois estão incomunicáveis", relatou o jornalista.

"Portugal e Espanha voltaram no tempo, lá para os anos 1990. Com sorte, algumas pessoas conseguem se comunicar por SMS", explicou, lembrando que a mensagem de texto "não usa internet, mas rede de telefonia".

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Segundo Carvalho, todas as formas de comunicação foram derrubadas na Espanha e em Portugal. Não há indícios de que um ciberataque tenha causado o problema. O Centro Nacional de Cibersegurança de Portugal já descartou essa hipótese.

A operadora portuguesa Hen informou que a origem do apagão foi uma falha na rede elétrica espanhola, causada por um fenômeno atmosférico raro, conhecido como vibração atmosférica induzida. Variações extremas de temperatura teriam provocado oscilações anormais nas linhas de alta tensão.

Aos poucos, a energia vem sendo retomada em algumas regiões da Espanha. No entanto, metrôs e trens seguem parados em todo o país. Em Portugal, a situação é ainda mais crítica: o aeroporto de Lisboa foi fechado, e passageiros lotam os arredores em busca de informações.

"O pior é que nem dá para cozinhar. No Brasil, os fogões são a gás, mas aqui são elétricos", lamentou Carvalho. A retomada de energia ainda não tem previsão na Europa, apesar do retorno (lento) em cidades espanholas.