Sessão de Terapia volta ainda melhor em segunda temporada

A série Sessão de Terapia é um dos maiores acertos da TV por assinatura brasileira. Adaptação de uma produção israelense, também realizada nos Estados Unidos, a série do GNT surgiu em 2012, junto com a primeira safra de programas que cumprem cota de conteúdo nacional na TV paga. Mas, apesar de custar R$ 5 milhões por temporada, não é feita com dinheiro público. Todo o orçamento é bancado pelo GNT.

Depois de uma primeira bem-sucedida temporada, que alcançou 9,5 milhões de telespectadores, Sessão de Terapia volta ao ar hoje. E volta ainda melhor, mais densa, tocando nas "coisas mais sagradas do ser humano", nas "luzes e nas trevas", como define o ator Zécarlos Machado, intérprete do protagonista Theo Cecatto.

O terapeuta continua em crise, se consultando toda sexta com a colega Dora (Selma Egrei). Ele tem problemas sérios. O pai de Breno (Sérgio Guizé) aparece o culpando pela morte do filho, que fora seu paciente na primeira temporada. Mais do que ameaçar seu diploma, Antônio (Norival Rizzo) distribui um panfleto com o título "Terapeuta Assassino".

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Em novo cenário depois da separação, Theo agora recebe seus pacientes em um apartamento. Às segundas-feiras, atende Carol (Bianca Comparato), uma moça de 23 anos que acaba de descobrir que tem câncer, mas se recusa a iniciar o tratamento e a contar para à família.

Às terças, o paciente é Otávio (Cláudio Cavalcanti, in memoriam), um empresário que passou a ter crises de ansiedade depois que se viu envolto em um escândalo ambiental. E que tem uma relação complicada com a filha, que vive em uma seita.

Paula (Adriana Lessa), uma advogada de 41 anos, durona e egoísta, entra em crise após um médico lhe dizer que seus "óvulos estão ficando velhos". Contraditória, ela diz que não aceita a gravidez, mas quer ficar grávida. E teme fracassar. Paula é a paciente das quartas.

Às quintas, talvez o episódio mais difícil de se realizar. Às 14h, Theo recebe Daniel (Derick Lecouflé), um garoto de 10 anos que come compulsivamente e não consegue dormir desde que seus pais se separaram. É uma subtrama de uma trama da primeira temporada. Daniel é filho de Ana (Mariana Lima) e João (André Frateschi), que fizeram terapia de casal em 2012, e continuam na série em 2013.

Sessão de Terapia merece a sua atenção por ser uma série que consegue ser tensa mesmo que toda a ação seja um diálogo entre duas pessoas, uma sentada de frente para a outra. Consegue isso porque tem bons textos e uma direção segura (Selton Mello), que resultam em boas intepretações e numa movimentação e corte de câmeras suave, mas que não entediam.