Xepa sobrevive a cortes: 'Contamos uma boa história', diz autor

Notícias da TV - Após quatro meses no ar, qual o balanço que você faz de Dona Xepa?

Gustavo Reiz - Um balanço positivo, foi um projeto vitorioso. Tive o prazer de trabalhar novamente com o Ivan Zettel, que foi um grande parceiro desde o início. Trabalhamos juntos em 2007, quando eu entrei na Record. Conseguimos reunir um elenco maravilhoso, que nos diverte e nos emociona a cada capítulo, todos muito felizes com seus personagens. A trilha sonora é uma das melhores que já tivemos. A novela teve uma excelente crítica (a maioria criticava o horário de exibição), foi um sucesso comercial e a audiência se estabilizou, foi ascendente, mantivemos e até conseguimos aumentar os índices do horário. Contamos uma boa história, a sensação é de dever cumprido.

NOVA ESCALAÇÃO

Alexandre sai de A Viagem e vira pai de Buba em reencontro na novela Renascer

PERIGOSA!

Família É Tudo: Vênus luta contra a morte, parte para cima de bandido e se vinga

Notícias da TV - A novela encerra o seu ciclo com sete pontos no Ibope. A direção da Record esperava dois dígitos. Como você avalia esse tipo de cobrança e os números abaixo do esperado?

Reiz - Nunca houve uma meta pré-estabelecida, mas é claro que buscamos sempre aumentar os índices. Trabalhamos para isso, pra chegar ao melhor, mas há uma série de fatores que influenciam no resultado final. Acima de tudo, o objetivo era apresentar uma novela de qualidade, testar um modelo com menor número de capítulos, elenco e orçamento enxutos, apostando numa trama mais leve num horário mais tardio. Sabíamos das limitações do projeto e buscamos alternativas para oferecer um produto com qualidade técnica e artística. A novela atendeu à encomenda da emissora, a direção da Record ficou satisfeita com o resultado.

Notícias da TV - Você acredita que a reestruturação, feita pela direção na teledramaturgia da emissora, pode ter prejudicado o rendimento de Dona Xepa?

Reiz - Toda mudança influencia o artístico, trabalhamos com gente. É o material humano que faz a máquina andar. Mas há um ponto que deve ser destacado: mesmo com toda a reestruturação, a emissora continuou investindo na teledramaturgia, o projeto não foi interrompido. Se a novela mais curta, com um orçamento enxuto, foi uma estratégia necessária para passar por essa fase de mudanças (que atinge todas as emissoras), isso deve ser considerado como algo positivo. Não foi escalada uma reprise, por exemplo, para ocupar o horário. A Record continuou produzindo, não interrompeu o projeto da teledramaturgia da emissora.

Notícias da TV - Houve notícias, inclusive, sobre a retirada de elenco e funcionários dos estúdios em uma onda de demissões. Procede? Se sim, o que você acha desse tipo de atitude?

Reiz - Não opino sobre decisões/atitudes da empresa.

Notícias da TV - Qual a sua opinião sobre as novelas de curta e média durações, como Dona Xepa?

Reiz - Terminaremos com 91 capítulos no ar. Acho um formato excelente. Há uma maior rotatividade de profissionais, mais histórias são apresentadas ao público. Não acredito que esse modelo substitua as novelas mais longas, até pela questão comercial, mas torço para que o formato continue ganhando espaço. Quanto mais produtos de teledramaturgia, melhor!

Notícias da TV - A Record já definiu o seu próximo trabalho a ser executado na rede?

Reiz - Ainda estamos conversando.

Notícias da TV - Um palavra que resume o seu sentimento em Dona Xepa.

Reiz - Duas: superação e orgulho.