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novela de bruxas

Há dez anos, Eterna Magia estreava com vilão importado e Paulo Coelho

João Miguel Júnior/TV Globo

A feiticeira má Zilda (Cássia Kis) prepara encanto: bruxaria foi rejeitada pelo público da novela - João Miguel Júnior/TV Globo

A feiticeira má Zilda (Cássia Kis) prepara encanto: bruxaria foi rejeitada pelo público da novela

LUCIANO GUARALDO

Publicado em 13/5/2017 - 6h46

Uma das maiores audiências da faixa das 18h da Globo nos últimos dez anos, a novela Eterna Magia estreava há uma década, em 14 de maio de 2007. Escrita por Elizabeth Jhin, a trama se passava em Serranias, cidade fictícia no interior de Minas Gerais colonizada por irlandeses e terreno de uma disputa entre bruxas do bem e do mal.

Apesar de ter encerrado seus 148 capítulos com média de 26 pontos na Grande São Paulo (Eta Mundo Bom!, último grande sucesso da faixa, fechou com 27), Eterna Magia não deslanchou no início. O público rejeitou o enfoque na magia e em lendas irlandeses.

Para salvar a audiência, a autora fez a novela dar um salto de dez anos no tempo e jogou as tramas místicas para escanteio, focando no triângulo amoroso entre Conrado (Thiago Lacerda) e as irmãs Eva (Malu Mader) e Nina (Maria Flor). Confira cinco curiosidades sobre Eterna Magia: 

João Miguel Júnior/TV Globo

Nina (Maria Flor) e Conrado (Thiago Lacerda) eram o casal principal da trama: destaque fugaz

Chance única
Na pele de Nina, Maria Flor teve em Eterna Magia a única protagonista de novela da sua carreira. Na época com 23 anos, a atriz era uma das escolhidas da Globo para uma nova geração de astros. A aposta fazia sentido: em 2005, ela tinha chamado a atenção em Belíssima como Taís, brasileira vítima do tráfico internacional que vai parar na Grécia e conquista a amizade de Nikos (Tony Ramos).

Depois da trama de Elizabeth Jhin, Maria Flor se afastou das novelas e preferiu se dedicar a projetos menores: estrelou a série Aline (2009-2011); apresentou o programa Todo Mundo (2011) e criou e atuou em Do Amor (2012), ambos do Multishow. Só voltou às novelas em 2014, com O Rebu. Depois, fez Sete Vidas (2015) e A Lei do Amor (2016-2017). Nas três, teve papéis coadjuvantes. 

Marcio de souza/tv globo

Irene Ravache ganhou elogios na pele da sofrida Loreta, mãe de Conrado (Thiago Lacerda)

De olho no Emmy
A veterana Irene Ravache roubou a cena como a humilde Loreta, mãe de Conrado que foi trocada pelo marido, Joaquim (Osmar Prado), por uma mulher mais jovem, Regina (Giulia Gam). Os dramas de Loreta chamaram a atenção dos votantes do Emmy Internacional, que indicaram a atriz à premiação de 2008.

Irene, no entanto, acabou superada pela inglesa Lucy Cohu, indicada pelo telefilme Forgiven, do britânico Channel 4. O Brasil só ganharia um troféu na categoria melhor atriz de televisão em 2013, com Fernanda Montenegro, pelo especial de fim de ano Doce de Mãe, que virou série no ano seguinte.

divulgação/tv globo

Isabelle Drummond trocou o figurino da boneca Emília por roupas de época em Eterna Magia

Adeus, Emília
Depois de interpretar a boneca de pano Emília durante seis anos (2001-2006) no Sítio do Picapau Amarelo, Isabelle Drummond fez sua estreia em novelas em Eterna Magia. Ela interpretava Gina, meia-irmã de Conrado e irmã de Quinzinho (Guilherme Hundage) e Teca (Lara Rodrigues). Curiosamente, Isabelle também atuou com Lara no Sítio, já que a colega de elenco viveu Narizinho entre 2001 e 2003.

Após a trama, Isabelle começou a ganhar personagens cada vez maiores, até ser alçada ao posto de protagonista como a empreguete Cida de Cheias de Charme (2012). Com o sucesso, emendou papéis de destaque em Sangue Bom (2013), Geração Brasil (2014), Sete Vidas (2015) e Novo Mundo (2017), além de protagonizar a primeira fase de A Lei do Amor (2016).

renato rocha miranda/tv globo

O alemão Pierre Kiwitt em cena com Malu Mader: depois da novela, ele voltou para a Europa

Vilão importado
O ator alemão Pierre Kiwitt foi escalado pelo diretor Ulysses Cruz para interpretar o médico irlandês Peter Gallagher, um dos vilões da trama. Inicialmente, a equipe queria um ator irlandês ou inglês para o personagem; sem sucesso, apelou para Kiwitt, que não falava português fluentemente e teve que estudar bastante o idioma para poder atuar na Globo.

Apesar do bom desempenho na novela, Kiwitt nunca mais trabalhou no Brasil: com o fim de Eterna Magia, voltou para a Alemanha, atuando em filmes e séries do país. Recentemente, voltou a ser visto pelo público brasileiro ao participar de sete episódios da série canadense X Company, exibida no History.

marcio de souza/tv globo

Maria Flor e Paulo Coelho gravaram cenas do primeiro capítulo da novela na Dinamarca

Mestre dos magos
As primeiras gravações da trama ocorreram em Dublin, na Irlanda, com os atores Malu Mader, Pierre Kiwitt, Eliane Giardini e Thiago Lacerda. Mas a produção de Eterna Magia também passou pela Dinamarca, onde Maria Flor fez cenas do encontro entre Nina e o Mago Simon, interpretado pelo escritor Paulo Coelho.

Conhecido mundialmente por livros como O Alquimista e O Diário de um Mago, Coelho fez uma rara investida como ator no primeiro capítulo da novela. Além de narrar o texto de abertura da obra, contando detalhes sobre a cultura celta, o autor deu vida à encarnação do deus Dagda, que assume a forma humana de Simon para alertar a bruxa Nina de que ela corria grande perigo.

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