De incesto a vício em sexo: As tramas picantes e criminosas da novela Tieta

A novela Tieta (1989) voltou a ganhar destaque na Globo na segunda (2), quando começou a ser reprisada no Vale a Pena Ver de Novo. O folhetim trará às tardes da emissora temas picantes, controversos e até criminosos, como pedofilia e incesto.

A pequena cidade de Santana do Agreste, onde se passa a história, retrata tanto um conservadorismo extremo, muitas vezes hipócrita, como também costumes liberais de seus habitantes.

A protagonista Tieta (Betty Faria), por exemplo, seduz seu sobrinho, um jovem seminarista. A novela ainda tem um senhor pedófilo, uma beata moralista e uma mulher ninfomaníaca.

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Relembre cinco exemplos de que Tieta é capaz de esquentar o Vale a Pena Ver de Novo:

Incesto

Na trama, Tieta volta a Santana do Agreste decidida a se vingar de todos que lhe fizeram ou lhe desejaram mal no passado. Um de seus alvos é a irmã beata, Perpétua (Joana Fomm).

Para atacar a irmã, a protagonista seduz Ricardo (Cassio Gabus Mendes), filho de Perpétua, que por influência da mãe estava estudando para se tornar padre. A relação entre tia e sobrinho incomodou parte do público e a Igreja Católica, que recriminou a exibição do caso incestuoso envolvendo um seminarista.

A mulher de branco

Em noites de lua cheia, uma figura feminina apelidada de Mulher de Branco sai pela cidade e ataca homens, em busca de sexo. A identidade dela só é revelada no final da novela: trata-se de Laura (Claudia Alencar), mulher do comandante Dário (Flávio Galvão).

A personagem é ninfomaníaca (viciada em sexo) e não se satisfaz apenas com o marido --que, por sua vez, também tem uma amante. Por isso, Laura sai com a roupa da Mulher de Branco e o trai com diversos homens na cidade.

Pedofilia

O personagem Artur da Tapitanga (Ary Fontoura) já tem idade avançada, mas adora ficar com jovenzinhas, a quem chama de "rolinhas". Ele seduz garotas menores de idade e as leva para sua casa, onde oferece também alimentação e alfabetização.

Na época, a pedofilia do personagem não foi um problema para a sociedade, pelo contrário. Houve até uma espécie de concurso no Domingão do Faustão (1989) para escolher um sósia mirim de Artur da Tapitanga, com crianças vestidas como o personagem.

Conservadorismo disfarçado

Perpétua é a embaixadora da moral e dos bons costume de Santana do Agreste e vigia de perto a vida sexual dos moradores da fictícia Santana do Agreste. As mulheres são seu principal alvo. Além da irmã, Tieta, as religiosas Amorzinho (Lilia Cabral) e Cinira (Rosane Gofman) são humilhadas pela falsa beata.

Ao longo da trama, Perpétua guarda sempre uma caixa branca, cujo conteúdo é misterioso. Criou-se uma lenda de que o que ela escondia lá era o pênis embalsamado de seu marido morto. No entanto, a novela nunca revelou qual era o conteúdo misterioso da caixa.