SUCESSO NO TIKTOK
REPRODUÇÃO/REELSHORT
Jessika Alves e Victor Sparapane em A Vida Secreta do Meu Marido Bilionário; equipe fala sobre novela
Fenômeno das redes sociais, A Vida Secreta do Meu Marido Bilionário ganhou destaque como a primeira novela vertical do Brasil. Case de sucesso mundial, a trama desafia os formatos tradicionais da teledramaturgia e conquista o público com capítulos curtos e enredos envolventes. Com linguagem ágil e foco no público digital, a produção contrasta com o modelo da Globo, que tem perdido audiência ao longo dos anos.
"O público quer esse tipo de conteúdo. Todo dia, nas nossas redes sociais, a gente recebe mensagens do tipo 'a Globo não faz isso'. O mercado está de olho nesse formato", analisa Iury Pinto, diretor da novela, em entrevista exclusiva ao Notícias da TV.
O folhetim inovador nasceu de uma ideia simples: contar uma boa história com os recursos disponíveis. "A gente queria mostrar que é possível fazer novela com qualidade, mas com uma estrutura mais enxuta. Gravamos muito rápido, com uma equipe pequena e muito comprometida", afirma o diretor.
A produção é importada e já existe em várias versões, em línguas diferentes. A Bewings Entertainment foi escolhida pela plataforma ReelShort para construir a versão brasileira de A Vida Secreta de Meu Marido Bilionário, e o impacto foi tão grande que virou referência internacional.
"A gente postou o teaser para testar, e em 24 horas bateu 1 milhão de visualizações", conta Katharina Albuquerque, uma das produtoras do projeto pela Bewings Entertainment. "Em um mês, o conteúdo todo conseguiu 250 milhões de visualizações."
Implementar o DNA brasileiro na obra foi fundamental para o sucesso. "A gente teve que pensar muito fora da caixa. Desde o começo, a gente sabia que queria contar uma história que prendesse o público, mesmo com poucos recursos. A liberdade criativa foi essencial para isso", explica Iury Pinto.
"Tudo foi pensado de uma forma para que a gente trouxesse o Brasil, e o ReelShort deu muita liberdade para a gente", entrega Katharina. "A gente queria uma história com camadas, que fosse divertida, mas também provocasse o público. A resposta foi muito maior do que imaginávamos", afirma.
E engana-se quem pensa que a história, muito bem produzida, teve o mesmo tempo de preparação de uma novela tradicional. Entre a escolha dos atores e o take final, a produtora teve menos de dez dias.
"Foram cerca de 60 episódios em tempo recorde", comenta Paulinha Azevedo, uma das produtoras de elenco da novela, da Proud Films. "A gente precisava de atores que já chegassem afiados, prontos mesmo, com química. E encontramos o Victor [Sparapane, intérprete de Benjamin Montenegro] e Jessika Alves [que vive Nathalia Queiroz]. Eles entregaram muito mais do que achei que entregariam", avalia ela.
Sarah Lessa, também produtora de elenco pela Proud Films, descreveu o trabalho em A Vida Secreta do Meu Marido Bilionário como "surreal". Além do pouco tempo para gravação, a produtora ainda não tinha experiência em uma série ou novela vertical, o que fez com que o sucesso do resultado final tomasse uma proporção ainda maior.
"A gente queria não decepcionar, acima de tudo. Isso motivou a gente a ter mais coragem. E o Iury falava que precisávamos de atores que dessem conta, e os dois têm o 'borogodó'", acrescenta Paulinha, que revela que Victor e Jessika chegaram a gravar 24 cenas em um único dia, com um orçamento muito mais enxuto do que produções tradicionais.
Agora, a expectativa é de que o formato ganhe muito mais espaço no Brasil e no mundo. Mais do que um sucesso pontual, os criadores veem a obra como o início de uma revolução.
"Acho que as séries e novelas verticais não são o futuro, já são o presente. o sucesso foi só a prova de que o público quer esse tipo de conteúdo", afirma o diretor à reportagem.
"Estamos muito esperançosos com esse novo mercado. Queremos ver novas vozes, novas histórias sendo contadas. Esse formato pode abrir muitas portas para quem nunca teve espaço", finaliza Pinto.
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