Operação abafa?
Divulgação
O crescimento da TV paga em junho deste ano foi menos de 10% do registrado um ano antes
DANIEL CASTRO
Publicado em 17/10/2013 - 18h10
Atualizado em 18/10/2013 - 5h45
Nos últimos anos, todos os meses a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) divulgava à imprensa um detalhado relatório do crescimento da TV por assinatura no país.
Os números _crescimentos mensais acima de 2% ao mês_ eram festejados e ampliados. A agência multiplicava o total de domícilios com TV por assinatura pela média nacional de 3,2 pessoas por residência. Assim, 16,95 milhões de casas com TV se transformavam em 54,3 milhões de telespectadores com acesso ao serviço.
Em setembro, no entanto, a Anatel deixou de divulgar os dados de crescimento do setor. O último relatório é de 8 de agosto. Traz o balanço de junho.
A agência afirma que parou de divulgar os balanços devido a "um problema operacional da área técnica na consolidação dos números".
O "problema operacional" coincide com a queda no ritmo de crescimento da TV por assinatura. Depois de aumentar a base de assinantes em mais de 30% em 2010 e 2011 e de evoluir 27% no ano passado, o setor deverá crescer "apenas" 10% em 2013, segundo estimativa da ABTA (Associação Brasileira de TV por Assinatura).
Um crescimento anual de 10% é um senhor resultado, principalmente em um ano de fraco desempenho da economia. Mas, quando esse crescimento de 10% é dividido em 12 meses, os números parecem irrelevantes.
Em junho, por exemplo, a TV por assinatura cresceu só 0,16%. Foram 26,6 mil novos assinantes. Uma situação bem diferente da de junho de 2012, quando conquistou 267,2 mil novos clientes, crescendo 1,84%. Ou dez vezes mais.
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