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DOCUMENTÁRIO

Rita Lee: Mania de Você quer mostrar cantora 'além do personagem e do sucesso'

DIVULGAÇÃO/MAX

Rita Lee segurando seu filho, ainda bebê, Beto em foto dos arquivos pessoais da família

Rita Lee com o filho, Beto, em foto divulgada no documentário, que estreia nesta quinta (8)

VICTOR CIERRO VIEIRA

victor@noticiasdatv.com

Publicado em 8/5/2025 - 10h00

O documentário Rita Lee: Mania de Você estreia nesta quinta-feira (8) na Max, celebrando o talento e a trajetória de uma das maiores artistas da música brasileira. A produção traz um olhar íntimo sobre a vida da cantora, partindo de uma carta escrita pela própria artista pouco antes de sua morte. No texto, endereçado aos três filhos e ao marido, o parceiro musical Roberto de Carvalho, ela reflete sobre a família, o amor e os momentos finais de sua vida.

Em entrevista para o Notícias da TV, o diretor Guido Goldberg apontou seu maior desafio: construir uma narrativa que revelasse a Rita Lee (1947-2023) além da imagem pública consagrada. "O foco foi encontrar um retrato humano, além do personagem, além do sucesso", explicou o argentino.

"Queria dar um retrato corpóreo da Rita, mostrando a mãe, a esposa e a mulher que também tinha fragilidades, dúvidas e angústias", destacou o cineasta, que contou com um vasto material inédito cedido pela família da cantora para criar um documentário completo.

O filme também explora os bastidores do casamento entre Rita e Roberto de Carvalho, uma relação marcada por amor, separações e reencontros. "A história deles tem tudo o que uma ficção teria: amor, prisão, drogas, brigas e muita cumplicidade", ressaltou o diretor de Mania de Você. A ideia, segundo Goldberg, foi retratar a complexidade da vida da cantora, sem esconder os momentos mais vulneráveis.

Para João Lee, um dos filhos de Rita, a experiência de participar da produção foi emocionalmente intensa. "Foi difícil assistir de novo, reviver alguns momentos que foram os mais complicados da minha vida", confessou.

João relembrou o período em que a família começou a organizar o acervo da mãe, ainda durante a exposição sobre a artista. "Foram anos de trabalho, selecionando fitas, vídeos, roupas. O Guido conseguiu transformar esse quebra-cabeça em um retrato emocionante e fiel."

O diretor argentino também destacou a importância do apoio da família na construção do documentário. "O caminho foi seguir a verdade deles, a verdade da família, para que o filme fosse o mais autêntico possível", afirmou.

Goldberg revelou que o processo de seleção do material inédito envolveu mais de 50 horas de imagens, muitas delas mostrando Rita Lee em momentos simples e cotidianos, longe dos holofotes.

Documentário não esconde nada

João Lee ressaltou a coragem da mãe por se mostrar vulnerável em público. "Ela nunca escondeu suas dores, suas angústias. Era a mesma pessoa na vida pessoal e na profissional. Acho que o público vai perceber isso quando assistir ao documentário", concluiu ele, emocionado.

Ele também destacou o lado mais reservado da relação entre os pais. "É uma vida muito particular, né? Eles não tornavam os aspectos do relacionamento deles público. Tinham muitas coisas que aconteciam na [vida] privada. Eu acho que esse documentário, ele é mais um capítulo que pode mostrar um pouco mais dessa história, sabe? Eu acho que gera um pouco de interesse para as pessoas, sabe? Saber como é que era, enfim."

O filho da estrela brasileira comentou sobre o impacto da carta deixada por Rita para a família: "Eu já tinha lido. Eu tinha voltado a morar com meus pais nos últimos dois anos para ajudar com a minha mãe, né? Então, quando a minha mãe escreveu a carta, ela mostrou para mim e mostrou para o meu pai, mas os meus irmãos não tinham lido."

"Aí a gente foi reler essa carta na câmera. E aí vem um filme na cabeça, né? Vem muitos sentimentos, muitas emoções, tristeza, felicidade, tudo junto. E vem de uma maneira que não é lógica. Ela vem do sistema nervoso, né? Você não consegue nem controlar ela", completou João.

Goldberg encerrou o bate-papo ressaltando a intensidade das gravações com Roberto. "A quantidade de emoções. No primeiro dia que fizemos a filmagem com o Roberto, a quantidade de emoções diferentes que tivemos. Essa cena em que você vê que ele está no piano, falando de coisas da sua vida."

"No mesmo dia, ele foi ao estúdio e fez a leitura da carta quando a Rita ficava na prisão. Então, eu não consigo falar de um depoimento, porque as emoções que tivemos em um só dia foram inacreditáveis", finalizou o argentino.


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