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ESTREIA NOS CINEMAS

Elio dribla crise de criatividade em Hollywood sem subestimar seu público

Divulgação/Pixar

Um menino com um tapa-olho tem uma expressão de espanto em um cenário espacial, com uma lesma feliz ao seu lado

Nova animação da Pixar, Elio chega nesta quinta-feira (19) aos cinemas brasileiros

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 19/6/2025 - 11h00
Atualizado em 19/6/2025 - 16h54

Num momento em que Hollywood se apoia basicamente em reboots, revivals e continuações para assegurar bilheterias altas que banquem os orçamentos cada vez mais fora de controle, a Pixar dribla a crise de criatividade e aposta em uma história inédita para tentar conquistar o público. A animação Elio, que chega nesta quinta (19) aos cinemas brasileiros, representa um respiro de inovação em uma indústria cada vez mais pasteurizada.

O protagonista é o pequeno Elio Solis (voz de Lorenzo Tironi no Brasil), que perde os pais em um acidente e passa a ser criado pela tia, a militar Olga (Juliana Paiva). Sentindo-se um estranho em seu próprio lar, o menino deposita todas as suas esperanças no espaço sideral e tenta fazer contato com extraterrestres a todo custo.

Elio busca tanto provas de que há vida fora da Terra que acaba as encontrando. O menino é abduzido por uma espécie de Nações Unidas alienígena, com membros que acreditam que ele é o líder da Terra. Após uma série de mal-entendidos, o protagonista ganha a missão de negociar a paz com um senhor da guerra que deseja destruir o conselho espacial.

Na busca por tentar resolver o conflito diplomático sem revelar para os novos aliados que é apenas um garoto comum, sem nenhuma autoridade em seu planeta, Elio se mete em várias confusões e, no processo, acaba ganhando um amigo e encontrando valores em si mesmo que nunca imaginou que tinha.

Como boa parte das produções da Pixar, o filme parece destinado a um público infantil, mas apresenta mensagens e momentos que vão comover os adultos no cinema também. Afinal, todo mundo já se sentiu como um estranho em busca de seu lugar no mundo --ou, no caso de Elio, no universo.

Engraçado, emocionante e intrigante, o filme não subestima seus espectadores --embora seja menos provocador do que obras-primas anteriores do estúdio, como Wall-E (2008) ou Divertida Mente (2015). É, de qualquer maneira, uma aventura espacial infinitamente melhor do que Lightyear (2022) --mesmo sem ter um herói conhecido como Buzz.

Visualmente falando, Elio também é um deleite do início ao fim. Sem precisar seguir as regras da Terra, os animadores se permitem dar vazão às maiores loucuras nas sequências que se passam no espaço --há alienígenas de todos os tipos e cenários coloridos que beiram uma experiência lisérgica. 

Como até a Pixar tem se rendido à febre de continuações --nos próximos anos, ela vai lançar Toy Story 5, Os Incríveis 3 e Viva - A Vida É Uma Festa 2--, iniciativas como Elio precisam ser valorizadas para que a criatividade do estúdio não morra de vez.

Confira o trailer dublado de Elio, principal estreia da semana nos cinemas:


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