LUTO NO AUTOMOBILISMO
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Wilson Fittipaldi Júnior: ex-piloto de Fórmula 1 ficou internado por 60 dias depois de engasgo
Wilson Fittipaldi Júnior morreu nesta sexta-feira (23), aos 80 anos. O ex-piloto de Fórmula 1 estava internado no Hospital Prevent Senior, na zona sul de São Paulo, desde o Natal do ano passado. O empresário e construtor de carros foi hospitalizado depois de se engasgar durante o almoço natalino (que também celebrava seu aniversário) e sofrer uma parada cardíaca.
O ex-piloto permaneceu na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no fim do ano, teve uma melhora significativa e acabou transferido para um quarto. No dia 23 de janeiro, no entanto, ele sofreu um quadro de espasmos e precisou ser sedado mais uma vez.
Fittipaldi foi desentubado e passou por uma traqueostomia, um procedimento cirúrgico, realizado pelo especialista na região da traqueia (pescoço), com o objetivo de facilitar a chegada de ar até os pulmões. Os cuidados médicos não foram suficientes para que ele seguisse com o tratamento.
A viúva Rita Reis Fittipaldi foi quem revelou que o marido estava internado por conta do engasgo. Em 4 de janeiro, ela fez uma publicação no Instagram do construtor de veículos e explicou que ele se engasgou com um pedaço de carne durante o almoço de 25 de dezembro. Segundo Rita, ele tinha um histórico pós-cirúrgico difícil por conta dos sedativos.
O último registro de Fittipaldi foi uma selfie dele com a esposa. Os dois tiraram a foto minutos antes de saírem de casa para o almoço de Natal, quando também iriam comemorar o aniversário de 80 anos dele.
Wilson Fittipaldi foi um dos maiores nomes do automobilismo brasileiro. Começou a carreira nos anos 1960. Em 1972, chegou à Fórmula 1. O melhor resultado dele foi o quinto lugar no GP da Alemanha em 1973. Ao todo, disputou 35 corridas.
Além de pilotar, Fittipaldi tinha o desejo de construir carros. A primeira tentativa foi com o Fiat Porsche, protótipo baseado em um carro da marca alemã. Em 1975, partiu para um de seus projetos mais ousados: fundar uma equipe brasileira de Fórmula 1.
Ele liderou a criação da Copersucar-Fittipaldi. Na primeira temporada, foi piloto da escuderia. Também atuou como chefe de equipe entre 1976 e 1982. A Copersucar não chegou a vencer corridas ou disputar títulos, mas conseguiu alguns pódios, como o terceiro lugar no Grande Prêmio da Argentina e dos Estados Unidos, em 1980, e o segundo lugar no GP do Brasil em 1979.
Durante dois anos, Fittipaldi ainda comandou o irmão e bicampeão mundial de Fórmula 1, o caçula Emerson Fittipaldi.
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