Polícia investiga engenhoso furto de R$ 1,2 milhão de Zico na Olimpíada de Paris

O ex-jogador de futebol Zico foi furtado em Paris e levou um prejuízo de 200 mil euros (R$ 1,2 milhão na conversão atual). Na capital francesa como embaixador do Time Brasil para a Olimpíada, ele teve joias e dinheiro em espécie roubados após deixá-los no banco de trás de uma van. A polícia abriu uma investigação para tentar reaver os objetos. Ninguém teria visto o furto.

De acordo com o jornal francês Le Parisien, o ídolo do Flamengo estava chegando ao hotel em que está hospedado na cidade e levava uma mala contendo um relógio Rolex, um colar de diamantes, cerca de 2 mil euros (R$ 12,2 mil) e US$ 2 mil (R$ 11,3 mil) em espécie, que era transportada na traseira do veículo.

Um indivíduo não identificado arquitetou um golpe e distraiu o motorista para desviar sua atenção, enquanto outro aproveitou a oportunidade para roubar os itens deixados por Zico no carro. O prejuízo total é calculado em cerca de 200 mil euros (R$ 1,2 milhão, aproximadamente) --inicialmente, a imprensa francesa havia estimado o golpe em 500 mil euros, ou R$ 3 milhões. 

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Uma investigação foi instaurada a cargo da BRB (Brigada de Repressão ao Banditismo de Paris), para tentar identificar os criminosos e reaver as joias do comentarista de 71 anos.

Bruno Coimbra, filho do ex-atleta, fez um breve pronunciamento nas redes sociais sobre a situação e assegurou que seu pai está bem. "Para quem está mandando mensagem, tá tudo bem com meu pai e minha mãe. Em nenhum momento encostaram a mão neles. Prejuízo muito mais emocional do que material, pois isso a gente corre atrás", escreveu nos Stories do Instagram.

Entenda o golpe

Segundo a colunista Monica Bergamo, as joias pertenciam à mulher do ex-jogador, Sandra de Carvalho Sá, e eram presentes do marido. Além dos bens materiais, ela ficou sem o passaporte e o cartão de crédito.

O ex-jogador de futebol está em Paris como representante da delegação brasileira. Ele e a mulher foram à delegacia acompanhados por advogados e por dirigentes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

No local, Zico foi reconhecido por policiais e, mesmo diante do ocorrido, tirou fotos sorridentes com os fãs e deu autógrafos. Ele ficou no local até cerca de 4h da manhã no horário de Paris para fazer um boletim de ocorrência.

Segundo contou à polícia, ele e Sandra tinham deixado as malas em um centro de apoio do COB, perto do Parque La Villette, para ir à festa de abertura da Casa Brasil, o espaço de eventos do país na Olimpíada.

Na volta, os dois entraram em uma van que os levaria ao hotel, mas um homem, que se passou por manobrista, começou a apressá-los. Depois de partirem, o motorista percebeu um sinal que indicava que o porta-malas estava aberto.

Ele desceu do veículo, fechou e seguiu viagem. No entanto, os dois só perceberam que tinham sido vítimas de um furto quando chegaram ao hotel. 

Pronunciamento de Zico

Nas redes sociais, o ex-atleta deu mais detalhes sobre o furto e tentou tranquilizar seus seguidores. "Como amplamente noticiado pela imprensa, tive um infortúnio ontem, dia 25 de julho, no início da minha jornada como embaixador do Time Brasil", iniciou ele no Instagram.

"Quero tranquilizar a todos, ressaltando que eu e Sandra estamos bem e que, apesar da perda material, o mais importante é sempre a nossa saúde e vida", assegurou.

"Estamos nos recuperando do choque, contando com o apoio das autoridades e do COI, e na expectativa para que consigamos resgatar nossos bens pessoais. Hoje estaremos na abertura dos Jogos Olímpicos, sempre prestigiando nosso país e torcendo para que nossos atletas façam uma grande Olimpíada", acrescentou.

Caos na segurança

Paris tem vivido um momento de caos em questões de segurança por conta dos Jogos Olímpicos --não somente pelos roubos, mas também por outras situações perigosas.

Na quarta (24), a correspondente da Band Sonia Blota teve sua cobertura da Olimpíada de Paris-2024 interrompida em um momento de tensão. A jornalista gravava em frente ao Arco do Triunfo quando a polícia solicitou a evacuação do local por uma ameaça de bomba.

Um pacote não identificado foi encontrado na área do Arco do Triunfo. Pouco tempo depois, o ponto turístico foi liberado. A tensão não passou de um protocolo de segurança estabelecido principalmente para a época da Olimpíada, por conta do medo de atentados terroristas.

O acontecimento gerou preocupação especialmente com relação à cerimônia de abertura. Nesta sexta (26), o espetáculo foi realizado pela primeira vez em uma área totalmente aberta, no meio da cidade --fora de um estádio.