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NA GLOBO

'Não vive as coisas como deveria': Padre Fábio de Melo desabafa sobre depressão

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Padre Fábio de Melo no Mais Você

Padre Fábio de Melo no Mais Você; homem religioso abriu o jogo sobre depressão na Globo

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 8/5/2025 - 12h18

Padre Fábio de Melo falou com franqueza sobre sua luta contra a depressão no Mais Você desta quinta-feira (8). Em conversa com Ana Maria Braga, o religioso relatou momentos difíceis da doença e refletiu sobre os impactos do luto e da pressão emocional nos dias de hoje. "Às vezes eu sinto que a gente não vive as coisas como deveria viver", disse ele, emocionado.

Durante o programa, a veterana  ressaltou a importância de figuras públicas tratarem de temas como a depressão de forma aberta e perguntou como o padre se sentia atualmente. "Hoje, estou muito bem, graças a Deus. Me emociono porque contar o que a gente sente é uma forma de reconhecer o sofrimento do outro. Eu sempre fui assim. Acho que virei padre por isso: não consigo ser indiferente à dor", respondeu o também músico.

O sacerdote revelou que desde a infância convive com uma tristeza profunda, muitas vezes confundida com um traço de personalidade, mas que se revelou uma doença com o tempo. "Sempre fui um menino melancólico. Em determinado momento, percebi que aquilo tinha nome. A depressão não é só uma característica, é algo que, quando toma tudo, tira a vontade de viver", contou.

Padre Fábio também explicou como os sintomas mais severos da fase atual começaram a aparecer em agosto: "A gente não sofre o tanto que a gente precisa sofrer. A gente vai vivendo como se a vida não nos permitisse a oportunidade de viver até o fim. Eu acho que a gente não tem para o luto, não tem tempo para o fim de um relacionamento, não tem tempo porque nós nos condicionamos a uma pressa que nossa alma não está preparada."

Eu estou dizendo, que apesar de ser um homem tecnológico --estou conectado com quase 50 milhões de pessoas que me seguem--, meu coração é rudimentar igual uma roda d'água. Eu funciono do mesmo jeito que meu bisavô. As minhas necessidades emocionais são exatamente iguais às dos meus antepassados [...] Então, eu acho que esse excesso de esquartejamento emocional vai acumulando restinho de coisas que a gente deveria ter vivido até o fim, mas não viveu.

Ele relembrou ainda um episódio de 2017, quando sofreu com a morte da irmã. "Três dias depois eu já estava trabalhando. Não é normal impor essa responsabilidade a alguém que está fragmentado e triste. Eu não consegui administrar aquele sofrimento."

Questionado se a fase atual teria relação com a perda da mãe, o padre respondeu: "A morte da minha mãe é um acontecimento que nunca vai terminar. Ela era uma mulher que amava viver. A forma como foi me marca profundamente".

No fim da conversa, Ana Maria mencionou o novo lançamento musical de Fábio, uma canção que fala sobre o encerramento de ciclos. A música foi lançada em 26 de abril e traduz, segundo o padre, um pouco do que ele vem vivendo emocionalmente nos últimos tempos, mas no formato de celebração.


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