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AOS 81 ANOS

Morre Sebastião Salgado, fotógrafo brasileiro reconhecido mundialmente

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Sebastião Salgado com expressão séria

Sebastião Salgado em foto do Instagram; fotógrafo mineiro renomado morreu nesta sexta (23)

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 23/5/2025 - 12h28

O fotógrafo Sebastião Salgado morreu aos 81 anos nesta sexta-feira (23). O mineiro é considerado um dos maiores nomes da fotografia documental no mundo. A morte foi confirmada por amigos próximos à imprensa. Ele enfrentava problemas de saúde decorrentes de uma malária.

O profissional deixa a mulher, Lélia Wanick Salgado, dois filhos e uma vasta obra que eternizou populações vulneráveis, paisagens esquecidas e temas sociais urgentes.

Formado em Economia, Salgado só se dedicou integralmente à fotografia a partir dos anos 1970, após viver na França como exilado político durante a Ditadura Militar (1964-1985). Ao longo de cinco décadas de carreira, percorreu mais de 100 países, produzindo imagens em preto e branco que impactaram tanto pela beleza estética quanto pelo profundo valor humano e social.

Entre seus trabalhos mais emblemáticos estão os ensaios Trabalhadores (1993), que documentou as condições de trabalho em diversas partes do mundo; Êxodos (2000), sobre refugiados e deslocados; e Gênesis (2013), um registro visual de regiões ainda intocadas pela ação humana. Seus projetos sempre envolveram longos períodos de imersão, estudo e convivência com os retratados.

Salgado foi reconhecido com os principais prêmios da fotografia mundial, como o Príncipe de Astúrias, o World Press Photo e o prêmio da Royal Photographic Society. Em 2016, recebeu da ONU o título de Mensageiro da Paz. Ele também foi membro da prestigiosa agência Magnum, além de fundar, ao lado de Lélia, a Amazonas Images, responsável pela gestão de sua obra.

Seu trabalho segue em destaque no exterior. Uma exposição dedicada à sua trajetória está em cartaz no centro cultural Les Franciscaines, na comuna francesa de Deauville, aberta ao público até 1º de junho de 2025. A mostra foi organizada em colaboração com a Maison Européenne de la Photographie, que possui mais de 400 obras do artista em seu acervo.

Nos últimos anos, dedicou-se ao Instituto Terra, projeto de reflorestamento iniciado em sua fazenda no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. A iniciativa replantou milhões de árvores nativas e virou referência global em recuperação ambiental, reforçando a faceta ativista de Salgado, que sempre ligou arte e transformação social.

Em 2014, teve sua trajetória contada no documentário O Sal da Terra, dirigido por Wim Wenders e por seu filho Juliano Ribeiro Salgado. O longa foi indicado ao Oscar e apresentou a vida do fotógrafo a uma nova geração, com imagens arrebatadoras e reflexões sobre ética, sofrimento e esperança.

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