JARDIM DE ALAH
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Julia Lemmertz no Instagram; atriz liderou protesto contra corte de árvores em parque do Rio
Julia Lemmertz liderou um protesto em Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro, contra cortes de árvores no parque Jardim de Alah. A atriz, que foi contratada da Globo de 1983 a março de 2024, usou um megafone para mobilizar a população contra a ação que visa extinguir a natureza no local para montar pontos comerciais.
O protesto aconteceu na manhã deste sábado (22). Julia discursou para que que as obras não prossigam com os 130 cortes previstos em um projeto de construção de pontos comerciais. Ela explicou sobre o caso em suas redes sociais, por meio de um texto escrito pelo arquiteto Roberto Anderson.
A atriz acusou a prefeitura do Rio de Janeiro de usar a tática de deixar a área pública se deteriorar para depois vir com uma solução que envolve gastos maiores do que a conservação.
"O Jardim de Alah foi mais uma vítima dessa prática das administrações municipais cariocas. Jardim de Alah é um parque com 93 mil metros quadrados, inaugurados em 1988. Está situado nas duas margens do canal construído em 1920, que substitui a ligação natural entre a lagoa Rodrigo de Freitas e o mar", iniciou ela em vídeo do Instagram.
"Seu nome remete a um filme de Hollywood, mas seguidos prefeitos, incluindo o atual, deixaram o Jardim de Alah se deteriorar, e até permitiram que o parque fosse usado como canteiro da obra do metrô", acusou.
Julia afirmou que a prefeitura aceitou o Jardim de Alah de volta após o término das obras, mesmo que seu trecho próximo à lagoa tenha sido completamente destruído.
"Com o Jardim de Alah, a tática de deixar deteriorar para depois fazer a obra foi um pouco alterada. Em vez de fazer uma licitação para escolher uma empresa que fizesse as obras sob a direção da prefeitura, decidiu-se pela concessão do parque inteiro à iniciativa privada, com um projeto bastante polêmico", alegou.
O projeto, em si, altera a fisionomia do parque, que é tombado pelo município. "Propõe a construção de uma laje a menos de dez metros do espelho d'água, que cobriria aproximadamente quatro quadras, sua parte superior seria coberta por vegetação e alguma arborização", relatou.
"Para construção dessa laje, haveria como consequência a necessidade de remoção ou realocação de árvores, o que foi contabilizado em 130 indivíduos de tamanhos variados", disse a atriz.
"Evidentemente que uma laje coberta por vegetação pode ser um ganho ambiental, mas uma laje sobre um parque, cobrindo uma área já permeável, mesmo com os promotores do projeto falando o contrário, não tem como ser considerado um ganho para o meio ambiente", analisou ela.
"Ainda mais quando a sua construção exige o corte de árvores e a impermeabilização de milhares de metros quadrados. A concessão do parque mira ganhos excessivos", ponderou.
O projeto também contemplaria uma creche. A atriz afirmou que, com um bom plano de arquitetura, seria possível construir estruturas leves, que não deformassem o parque, e contemplassem todas as ideias.
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