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Após críticas de Fafá de Belém, Rock in Rio anuncia novo festival na Amazônia

DIVULGAÇÃO/TV GLOBO

Fafá de Belém canta no Altas Horas

Fafá de Belém no Altas Horas; cantora criticou exclusão de artistas do Norte do Rock in Rio

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 21/9/2024 - 18h19

A organização do Rock in Rio anunciou que vai realizar um novo evento no ano que vem. Além da segunda edição do The Town, em São Paulo, a equipe promoverá o Amazônia para Sempre, que será realizado no Pará. A novidade acontece depois de Fafá de Belém criticar abertamente a exclusão de artistas do Norte do festival deste ano. "O maior festival de música do país tem um Dia Brasil e nos coloca da porta pra fora", escreveu ela.

O primeiro Amazônia para Sempre acontecerá em Belém no ano que vem, durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas --a COP-30. A organização promete um palco flutuante no rio Guamá, em formato de vitória-régia, além de shows em terra firme.

De acordo com Roberta Medina, vice-presidente de reputação da marca Rock World, responsável pelo Rock in Rio e pelo The Town, o festival terá uma proposta de conscientização, mas sem abrir mão da diversão e da música.

"O Amazônia para Sempre tem objetivo de dar visibilidade e contribuir para a proteção do clima e da biodiversidade do planeta. Vamos usar o poder de mobilização de Rock in Rio e The Town para atrair os olhares para esta causa tão importante", discursou ela neste sábado (21).

A cantora Gaby Amarantos será a embaixadora do projeto e defendeu que o Amazônia para Sempre é uma oportunidade de única de aproveitar os olhos voltados para a região para defender a conservação das florestas.

Coincidentemente ou não, Gaby foi uma das artistas citadas por Fafá de Belém em seu manifesto sobre a exclusão de nortistas do line-up do Rock in Rio. "A Amazônia não faz parte do Brasil? A cultura amazônica, nortista, não é parte deste país? Onde está Dona Odete, Gaby Amarantos, vencedora do Grammy, Joelma, Aíla, onde estou eu?", havia reclamado Fafá em seu perfil no Instagram no fim de abril.

"Onde está o carimbó, o siriá, o boi bumbá, o Caprichoso, o Garantido, Manoel Cordeiro, Felipe Cordeiro, Joelma Klaudia, Gang do Eletro, as aparelhagens (Carabao, Crocodilo, Tupinambá), Nilson Chaves, Arthur Nogueira, Suraras do Tapajos, Kaê Guajajara, as guitarradas do Pará, o tecnobrega, artistas indígenas e tantos outros que levam a cultura do Norte no seu sangue e na sua vida?", listou a cantora, citando artistas e gêneros que ficaram de fora.

"O Norte será sempre visto como peça decorativa de festas da elite? É muito triste sentir na pele a força da realidade batendo na nossa cara. O maior festival de música do país tem um Dia Brasil e nos coloca da porta pra fora."

"Mais uma vez nos provam que o Norte continua sendo um artigo folclórico usado como e quando querem, pra uma imagem cool. Pertencimento é muito diferente do uso por conveniência. Nós aprendemos isso a duras penas, e exigimos respeito!", concluiu Fafá, marcando o Rock in Rio e o músico Zé Ricardo, vice-presidente artístico do festival.

"Não vão nos apagar. O Norte também faz parte da cultura brasileira!", comentou Joelma no post da amiga. "É sempre essa vergonha, mas não vamos parar, nós somos mais fortes! Mas que é inaceitável, isso é sim!", completou Manu Bahtidão, que sequer havia sido citada.

"Fizemos um trabalho tão bonito de levar a Amazônia pro Rock in Rio em 2022, na Nave, com artistas não só do Pará, de todos os Estados da região Norte. Não entendo como ainda repetem essa exclusão da música do Norte como se não fôssemos música brasileira. É muito triste", reclamou Aíla.

"Já está mais que na hora de criarmos nosso próprio ecossistema musical, percebermos que não precisamos mudar nossas características pra agradar quem não quer nos ver, quem só nos usa por pura 'cota' exótica. Não falo de sermos bairristas, mas entendermos o nosso lugar nessa relação abusiva que o mercado nos coloca", sugeriu Félix Robatto.


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