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FIM DO MUTIRÃO?

Fantasma de Boninho assombra BBB 25 com 'herança' após paredão decisivo

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Vitória Strada e Mateus Pires se emocionam após resultado de paredão acirrado no BBB 25

Vitória Strada e Mateus Pires se emocionam após resultado de paredão acirrado no BBB 25

IVES FERRO

ives@noticiasdatv.com

Publicado em 13/2/2025 - 6h10

Primeira temporada sem o comando de J. B. Oliveira, o Boninho, o BBB 25 provou nesta semana que ainda convive com o fantasma do ex-diretor da Globo. Ele foi o responsável por implementar o sistema atual de votação dos paredões, em que o público pode votar "pela torcida" ou dar um voto único ao fornecer seu CPF. A dinâmica, criada para barrar possíveis robôs usados pelas equipes dos participantes, salvou a permanência de Vitória Strada na atração.

No último paredão, disputado entre a atriz, Gabriel Yoshimoto e Aline Patriarca, a ela só não saiu porque recebeu menos votos por CPF do que nadador. Boninho implementou os votos da torcida e único no BBB 24, após duas finais criticadas por dar a Arthur Aguiar (BBB 22) e Amanda Meirelles (BBB 23) o prêmio milionário.

O sistema de votação idealizado por Boninho funciona da seguinte forma: o público possui dois métodos de escolha na hora de decidir quem fica ou sai de um paredão. O voto da torcida é o comum, onde todos votam quantas vezes quiserem; já o único registra apenas uma escolha após o fornecimento do CPF do usuário.

Os números da torcida e do voto único têm peso de 50% na decisão do paredão. A Globo soma as duas porcentagens e divide por dois, o que gera a média.

Quando criou o sistema, Boninho explicou que a intenção era dar mais segurança e confiabilidade ao público. O voto também quebrou os "mutirões", quando torcidas se unem para votar em massa em determinado participante.

Durante a história do reality, o programa já teve votos por telefone, através das ligações, e por SMS. Com o avanço da internet, a votação passou a ser on-line.

Mudanças no BBB

Mesmo com sua saída da Globo, Boninho deixou mais do que apenas a herança dos votos no Big Brother Brasil. O diretor aperfeiçoou o formato do reality show, que pertence à empresa Endemol. O Big Brother original é da Holanda, de 1999, mas passou por vários formatos antes de se enquadrar ao estilo brasileiro.

O reality de confinamento é bem básico: pessoas dentro de uma casa passam por dinâmicas de liderança, imunidade e votação. Mas Boninho queria algo a mais quando trouxe o programa para o Brasil em 2000. A primeira grande mudança foi o formato ao vivo. Nas versões gringas, os programas são previamente gravados e editados, o que dá privacidade aos confinados --e mais margem para as emissoras serem acusadas de manipular a edição que chega ao público.

O BBB mudou ao longo das duas décadas em que está no ar. Mesmo que o que seja exibido diariamente na Globo tenha sido selecionado por uma equipe televisiva, o público não é mais enganado e sabe tudo o que acontece. Além disso, o telespectador brasileiro foi colocado no centro do programa: ele é o olho que tudo vê, aquele que tem o poder de tirar ou deixar alguém na competição.

Ainda que Boninho não esteja mais na Globo, a emissora conviverá com o fantasma do diretor pelos anos seguintes. O ex-funcionário conseguiu projetar um programa de Entretenimento a nível nacional, e promoveu adaptações conforme a evolução da sociedade --mesmo que para isso tenha cometido deslizes ao longo do caminho.

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