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Audiência + Crítica

Crítica da corrupção, A Mulher do Prefeito tem boa estreia na Globo

Zé Paulo Cardeal/TV Globo

Tony Ramos em cena de A Mulher do Prefeito, comédia romântica que estreou nesta sexta na Globo - Zé Paulo Cardeal/TV Globo

Tony Ramos em cena de A Mulher do Prefeito, comédia romântica que estreou nesta sexta na Globo

DANIEL CASTRO

Publicado em 5/10/2013 - 6h35

Nova série da Globo, A Mulher do Prefeito estreou nesta sexta-feira (4) com uma boa audiência para o dia e horário: 15 pontos na prévia da Grande São Paulo.

O número é superior ao alcançado na véspera no mesmo horário por Amor & Sexo (14 pontos), que chamou mais a atenção por mostrar nove figurantes totalmente nus.

Na estreia, no entanto, A Mulher do Prefeito perde para o primeiro episódio de O Dentista Mascarado, estrelada por Marcelo Adnet, grande aposta da Globo no primeiro semestre. O Dentista Mascarado começou em abril com 17 pontos, mas acabou com 10. Flopou.

A Mulher do Prefeito também está no registro da comédia (romântica), porém faz graça de um mundo real, o da política brasileira, numa crítica à corrupção, reproduzindo o folclore que envolve a gestão das cidades interioranas.

Na série dirigida por Luiz Villaça, Tony Ramos é o prefeito de uma fictícia Pitanguá, um Odorico Paraguaçu moderno, cuja grande obra é um estádio que leva o próprio nome e não serve para muita coisa. Para não ir para a cadeia por desvio de verba, o prefeito simula uma doença e consegue se manter em prisão domiciliar e continuar se encontrando com a amante.

Em seu lugar, assume a vice-prefeita, sua própria mulher. Interpretada por Denise Fraga, a mulher do prefeito é o oposto do prefeito. E descobre uma finalidade para o estádio da cidade: abrigo para vítimas de uma enchente.

A série, então, se desenvolve a partir dessa situação: o que uma adestradora de cães, uma mulher despreparada para a vida pública, mas eticamente correta, pode fazer à frente de uma prefeitura? Ela vira uma domadora de gente.

A Mulher do Prefeito é uma boa surpresa nesse final de ano. Traz Tony Ramos em grande forma, em um papel à altura do grande ator que ele é. A direção de arte está impecável. Conseguiu produzir uma enchente em um pesqueiro, transformou um estádio (a Arena de Barueri) em um acampamento de desabrigados.

Numa primeira análise, sobressai ainda a trilha sonora, que complementa a narrativa, ajuda a contar a história como se fosse um texto. Mas talvez o maior mérito da série seja tratar de um assunto tão sério e caro ao brasileiro (a corrupção e a má gestão pública) de uma forma tão eficiente. Fazendo piada.

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